Economia

Bom desempenho em setembro não salva ano de eletroeletrônicos

O setor de eletroeletrônicos conseguiu respirar em setembro. Segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (29/10) pela Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), o setor conseguiu um crescimento nas vendas de 20,39% em relação a agosto, e de 20,31% quando comparado com o mesmo mês de 2002. No primeiro semestre deste ano, entretanto, a queda […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h50.

O setor de eletroeletrônicos conseguiu respirar em setembro. Segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (29/10) pela Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), o setor conseguiu um crescimento nas vendas de 20,39% em relação a agosto, e de 20,31% quando comparado com o mesmo mês de 2002. No primeiro semestre deste ano, entretanto, a queda acumulada foi de 13,19%.

A melhora no desempenho mensal foi impulsionada pelas compras de final de ano e dos financiamentos concedidos pelo governo por meio do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para compra de geladeiras, lavadoras de roupa, fogões e televisores. "O que também forçou os bancos privados a reduzir os juros", diz Paulo Saab, presidente da Eletros. Mas mesmo com o crescimento das vendas, o índice de queda acumulado no ano continua negativo em 8,14%.

Na comparação entre setembro de 2003 e setembro de 2002, os produtos de imagem e som, com 51,61%, lideraram a expansão das vendas, seguidos dos portáteis, que tiveram um aumento de 20,31%. Já o balanço dos produtos de linha branca ainda está 1,1% negativo.

No acumulado de janeiro a setembro deste ano, no entanto, o desempenho dos produtos de imagem e de som, assim como dos portáteis, também está aquém do registrado no mesmo período de 2002.

Quando fechar 2003, com uma queda estimada de 4%, o setor de eletroeletrônicos terá registrado três anos de retração. "Se os fatores macroeconômicos como recuperação da renda e queda dos juros se mantiverem, como o governo tem prometido, estaremos aptos a iniciar um longo processo de recuperação do setor", diz Saab. Segundo um estudo realizado pela entidade, no período de 1994 a 2002, o setor de eletroeletrônicos cresceu, em média, 1,1%, embora em 1995 e 1996 - graças à explosão de consumo provocada pelo Plano Real - tenha alcançado recordes de 23%. "Depois desse período, no entanto, o setor foi submetido a muitas oscilações e quedas como a causada pela crise cambial de 1999 e a do racionamento de energia em 2001", diz Saab.

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