Bolsonaro diz ser contra tributação para grandes fortunas e classe alta
Pré-candidato do PSL à Presidência foi inciso nas críticas ao que chamou de "tributação excessiva"
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de junho de 2018 às 14h47.
Última atualização em 15 de abril de 2019 às 09h19.
Brasília - O pré-candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro , se posicionou nesta quarta-feira, 6, contra a criação de mais tributos para a classe alta e o empresariado. "A minha opinião é de não ter imposto sobre grandes fortunas nem de herança e nem tributar mais ainda essa área (lucros de grandes empresas)", disse Bolsonaro, que participou de sabatina promovida pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais e o jornal Correio Braziliense.
Em resposta a pergunta sobre "uma desigualdade" entre os mais ricos e os mais pobres na questão tributária, o pré-candidato foi inciso nas críticas ao que chamou de "tributação excessiva". "Se depender de mim, ninguém vai ser mais tributado, senão vai quebrar o Brasil", referindo-se à criação de novos impostos.
Bolsonaro voltou a enfatizar que reformas previdenciárias e tributárias devem ser feitas devagar e ainda falou sobre educação. O pré-candidato disse que, caso seja eleito, pretende focar os recursos da União no setor para o ensino médio, sinalizando redução de verba de universidades federais. "Temos de desintoxicar boa parte do que vem ocorrendo no Brasil, de formar militantes nas universidades", disse.
"O objetivo da educação é colaborar com a economia lá na frente e não é fazer o que estamos fazendo. A universidade absorve o maior quinhão de recursos e precisamos aplicar mais no ensino médio", completou.
Ao comentar sobre a greve dos caminhoneiros, Bolsonaro criticou a ausência dos governadores no debate, especialmente quanto a ações para reduzir o ICMS dos combustíveis. Ele disse que o ICMS hoje é um "verdadeiro estupro".
O pré-candidato também disse que o problema tributário no setor de combustíveis envolve uma questão conjuntural. "É preciso discutir a redução do ICMS. Mas eles dizem: ah! vai quebrar os Estados. Se o Estado quebrar, é sinal de que o contribuinte já quebrou antes dele. Não adianta colocar a cabeça do brasileiro numa guilhotina para salvar os Estados", avaliou.