Bolsonaro diz que reforma tributária pode atingir Estados e municípios
Presidente afirmou que ideia inicial é alterar apenas impostos federais e ressaltou saber que inclusão de estados dificulta aprovação
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de julho de 2019 às 21h39.
Última atualização em 30 de julho de 2019 às 21h40.
O presidente Jair Bolsonaro disse que a ideia do governo é encaminhar uma proposta de reforma tributária que envolva apenas impostos federais, mas que é possível "evoluir" para incluir Estados e municípios. A possibilidade, no entanto, é vista como arriscada por ele.
"Até pode evoluir (para incluir estados e municípios), mas toda vez que isso foi feito ao longo dos meus 28 anos na Câmara a proposta não foi para frente e foi arquivada porque há muito interesse", avaliou.
Ele disse que "todo mundo concorda (com a proposta, desde que não perca nada". "Acho que o Paulo Guedes (ministro da Economia) está certo, é uma reforma da União. Depois, uma outra PEC poderá ser feita para Estados e Municípios. A minha ideia é a gente simplificar impostos e taxas", disse após evento no Planalto com anúncio de mudanças em normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho.
Mais cedo, o presidente da República contou que conversou sobre a votação em segundo turno da reforma da Previdência com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre temas econômicos. "Falamos basicamente sobre Previdência. A votação do segundo turno e outras pautas da política", disse Bolsonaro ao fim do café. Segundo fontes, eles também trataram da reforma tributária.
O presidente da Câmara quer unificar três das cinco propostas que tratam sobre o tema: a do líder do MDB, Baleia Rossi (SP), que já está em uma comissão especial, a que está no Senado, de autoria do ex-deputado Luis Carlos Hauly, e a do governo federal que ainda está sendo preparada pela equipe econômica. A ideia de Maia é facilitar a análise da reforma para tentar aprovar o texto até o fim deste ano.
A Câmara deverá retomar a votação da Reforma da Previdência na próxima terça-feira, 6, quando os parlamentares estarão de volta à Brasília após três semanas de recesso.