Bolsonaro: "Quem está aí não mexe em nada, zero", disse. "Dos novos pode alterar", disse o presidente nesta segunda-feira (06) (José Cruz/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 6 de janeiro de 2020 às 12h32.
Brasília - O governo deve encaminhar a reforma administrativa ao Congresso Nacional em fevereiro, afirmou nesta segunda-feira o presidente Jair Bolsonaro.
Para ele, há dificuldades na apresentação de uma proposta que possa alterar a estabilidade de novos funcionários públicos diante da potencial repercussão negativa, ainda que não tenha descartado totalmente a possibilidade.
"Acho que em fevereiro a gente encaminha", disse o presidente a jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada.
"Se fala muito em não ter uma estabilidade para quem incorporar o serviço público a partir de agora. A gente não pode apresentar um projeto nesse sentido porque muita gente vai dizer que está quebrando a estabilidade de 12 milhões de servidores. A gente não quer esse impacto negativo na sociedade, e que seria mais uma fake news, uma mentira", argumentou.
Questionado, o presidente afirmou que o projeto não altera a estabilidade dos funcionários públicos já efetivos.
"Quem está aí não mexe em nada, zero", disse. "Dos novos pode alterar."
Bolsonaro disse ainda que passada a reforma administrativa o foco estará na reforma tributária e relatou ter pedido um estudo à Receita por considerar que o imposto de importação precisa ser reduzido.
Também afirmou manter conversas frequentes com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)