Economia

Bolsonaro diz não ter preferência por ordem de votação das reformas

Governo ainda não enviou propostas de reforma tributária e administrativa ao Congresso, mas presidente diz que está se "dando muito bem" com Rodrigo Maia

Jair Bolsonaro: "Tanto faz a ordem, administrativa ou tributária. A que estiver em melhor condições" (Alan Santos/PR/Flickr)

Jair Bolsonaro: "Tanto faz a ordem, administrativa ou tributária. A que estiver em melhor condições" (Alan Santos/PR/Flickr)

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Reuters

Publicado em 28 de janeiro de 2020 às 14h52.

Última atualização em 28 de janeiro de 2020 às 16h57.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, ao chegar da viagem a Índia, que não importa ao governo qual das reformas, administrativa ou tributária, será votada primeiro pelo Congresso, porque ambas são importantes.

"Tanto faz a ordem, administrativa ou tributária. A que estiver em melhor condições. Estou me dando muito bem com Rodrigo Maia (presidente da Câmara dos Deputados), vou tratar com ele esse assunto de novo", disse Bolsonaro em entrevista ao chegar no Palácio da Alvorada.

Em suas últimas declarações, o presidente tem ressaltado que as duas reformas são importantes para o governo e será o Congresso que dará o ritmo das votações.

Sobre a reforma tributária, que já tem tramitando um texto da Câmara e outro do Senado, e o governo planejava enviar um terceiro, Bolsonaro afirmou que caberá ao ministro da Economia, Paulo Guedes, decidir qual o governo irá apoiar.

"O Paulo Guedes que vai dizer se pega a da Câmara ou do Senado e se o governo entrará com emendas. Eu acho que a força da nossa parte tem que ser dada em cima dos impostos federais", afirmou.

A reforma tributária já está em uma comissão especial da Câmara, segunda fase da tramitação do texto, que é uma Proposta de Emenda à Constituição. O governo prometeu enviar em fevereiro sugestões para o texto, que está mais adiantado que o do Senado.

Já a reforma administrativa ainda não foi nem mesmo encaminhada ao Congresso. O texto também deve ser enviado em fevereiro, depois da abertura do ano legislativo.

Existe um temor no governo sobre os prazos para aprovar as reformas este ano. Com as eleições municipais, o Congresso funciona plenamente até junho. No segundo semestre, existe um recesso branco, com poucas votações, e normalmente sem quórum para votações mais difíceis, como de uma PEC.

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