Bolsonaro: Ataque dos EUA vai impactar no preço do petróleo no Brasil
Ao comentar ataque, que gerou preocupação internacional, o presidente disse ainda que não pode intervir no preço do combustível
Reuters
Publicado em 3 de janeiro de 2020 às 09h53.
Última atualização em 3 de janeiro de 2020 às 11h53.
Brasília — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que tentou falar com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, sobre uma possível alta de combustíveis no país devido ao ataque dos Estados Unidos que matou o general Qassim Suleimani, comandante da força de elite iraniana Quds, mas não conseguiu.
Na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro admitiu que a ação dos EUA vai impactar o preço do petróleo no mercado internacional, o que pode repercutir no Brasil. "Que vai afetar, vai", disse ele a jornalistas.
O presidente disse ainda que não pode intervir no preço do combustível e destacou que, quando foi feito no passado uma política de tabelamento de preços, não deu certo.
No mercado internacional, os contratos futuros do petróleo já começaram a subir cerca de 3 dólares nesta sexta-feira (03), depois da ação dos americanos. Há forte preocupação sobre a interrupção do fornecimento de petróleo.
O petróleo Brent subia 2,95 dólares, ou 4,45%, a 69,2 dólares por barril, às 8:19 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava 2,62 dólares, ou 4,28%, a 63,8 dólares por barril.
Ataque
Na noite desta quinta-feira (02), o general e herói iraniano Qasem Soleimani e o líder paramilitar iraquiano Abu Mehdi al-Muhandis morreram em um ataque dos Estados Unidos contra o Aeroporto de Bagdá, três dias após manifestantes pró-Irã tentarem invadir a embaixada americana na capital do Iraque, confirmou o Pentágono.
Segundo o departamento americano de Defesa, a ordem para liquidar Soleimani partiu diretamente de Donald Trump .
“Sob as ordens do presidente, o Exército americano adotou medidas defensivas decisivas para proteger o pessoal americano e estrangeiro e matou Qasem Soleimani”, informou o Pentágono.
O ataqueprovocou preocupações em todo o mundo, com pedidos de calma para evitar uma “escalada”, enquanto Teerã promete represálias. O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, ameaçou “vingar” a morte de Soleimani e decretou três dias de luto nacional.
Protesto na Iraque e Irã
Entre rezas e protestos, população protesta após ataque dos EUA que matou general iraniano
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