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Bolsa Família gera o maior efeito sobre consumo, diz Ipea

A cada R$ 1 transferido pelo Bolsa Família, o consumo final do total da economia aumenta R$ 1,98, segundo pesquisa

Fila do Bolsa Família: os efeitos no consumo final das famílias é ainda maior, de R$ 2,40 (Anderson Schneider/Veja)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 14h12.

Brasília - Além de ser a transferência social que mais contribui para o PIB, o Bolsa Família é também aquela que mais pesa no cálculo do consumo das famílias no país. A cada R$ 1 transferido pelo Bolsa Família, o consumo final do total da economia aumenta R$ 1,98, enquanto que os efeitos no consumo final das famílias é ainda maior: de R$ 2,4.

A conclusão é do livro "Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania", que será lançado no final deste mês pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ( Ipea ) e pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Alguns dados do trabalho foram apresentados na manhã desta terça-feira,15, em Brasília.

O objetivo de um dos capítulos da pesquisa é avaliar os efeitos do programa sobre a macroeconomia. Para tanto, os pesquisadores Fabio Vaz e Pedro de Souza, além do presidente do Ipea, Marcelo Neri, compararam os impactos do principal programa de distribuição de renda do governo federal com outras seis transferências sociais: os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), do Benefício de Prestação Continuada (BPC), do Seguro Desemprego, do Abono Salarial do PIS/PASEP e dos saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

De acordo com o capítulo assinado por Neri, Vaz e Souza, os chamados "efeitos multiplicadores" sobre a economia são maiores quanto mais focalizadas são as transferências para os mais pobres, por formarem famílias com "maior propensão marginal a consumir".

Também por isso, o impacto sobre o consumo das famílias é maior do que sobre o consumo final do total da economia. "Mais do que qualquer outra transferência, o programa beneficia diretamente famílias mais pobres com alta propensão a consumir e, portanto, consegue um efeito multiplicador maior", escrevem os pesquisadores.


No quesito consumo, o Benefício de Prestação Continuada é o que mais se aproxima do Bolsa Família. Cada R$ 1 aplicado no BPC representa um retorno de R$ 1,32 no consumo final da economia e de R$ 1,54 no consumo das famílias.

Renda bruta

O estudo também analisou o efeitos das transferências sociais na renda disponível bruta do total da economia e na renda disponível bruta das famílias. Ao se transferir R$ 1 a mais do Bolsa Família, aumenta em R$ 1,48 a renda disponível bruta e R$ 1,64 a renda disponível bruta das famílias.

"Esses resultados sustentam a hipótese de que as transferências sociais voltadas para os mais pobres - principalmente as do Programa Bolsa Família - cumprem papel positivo importante para a dinâmica macroeconômica brasileira, além de contribuir para a redução da pobreza e desigualdade", relatam os autores no estudo.

Para analisar os efeitos sobre a macroeconomia, os pesquisadores usaram dados do Programa de Orçamentos Familiares (POF) e do Sistema de Contas Nacionais, que contêm informações de produção, remuneração de fatores, tributos indiretos, consumo intermediário e componentes da demanda final. "(A transferência ocasiona) um giro na economia, onde uma renda gera um gasto e num gasto há uma renda", exemplificou o presidente do Ipea, Marcelo Neri, durante a coletiva.

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Brasília - Além de ser a transferência social que mais contribui para o PIB, o Bolsa Família é também aquela que mais pesa no cálculo do consumo das famílias no país. A cada R$ 1 transferido pelo Bolsa Família, o consumo final do total da economia aumenta R$ 1,98, enquanto que os efeitos no consumo final das famílias é ainda maior: de R$ 2,4.

A conclusão é do livro "Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania", que será lançado no final deste mês pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ( Ipea ) e pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Alguns dados do trabalho foram apresentados na manhã desta terça-feira,15, em Brasília.

O objetivo de um dos capítulos da pesquisa é avaliar os efeitos do programa sobre a macroeconomia. Para tanto, os pesquisadores Fabio Vaz e Pedro de Souza, além do presidente do Ipea, Marcelo Neri, compararam os impactos do principal programa de distribuição de renda do governo federal com outras seis transferências sociais: os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), do Benefício de Prestação Continuada (BPC), do Seguro Desemprego, do Abono Salarial do PIS/PASEP e dos saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

De acordo com o capítulo assinado por Neri, Vaz e Souza, os chamados "efeitos multiplicadores" sobre a economia são maiores quanto mais focalizadas são as transferências para os mais pobres, por formarem famílias com "maior propensão marginal a consumir".

Também por isso, o impacto sobre o consumo das famílias é maior do que sobre o consumo final do total da economia. "Mais do que qualquer outra transferência, o programa beneficia diretamente famílias mais pobres com alta propensão a consumir e, portanto, consegue um efeito multiplicador maior", escrevem os pesquisadores.


No quesito consumo, o Benefício de Prestação Continuada é o que mais se aproxima do Bolsa Família. Cada R$ 1 aplicado no BPC representa um retorno de R$ 1,32 no consumo final da economia e de R$ 1,54 no consumo das famílias.

Renda bruta

O estudo também analisou o efeitos das transferências sociais na renda disponível bruta do total da economia e na renda disponível bruta das famílias. Ao se transferir R$ 1 a mais do Bolsa Família, aumenta em R$ 1,48 a renda disponível bruta e R$ 1,64 a renda disponível bruta das famílias.

"Esses resultados sustentam a hipótese de que as transferências sociais voltadas para os mais pobres - principalmente as do Programa Bolsa Família - cumprem papel positivo importante para a dinâmica macroeconômica brasileira, além de contribuir para a redução da pobreza e desigualdade", relatam os autores no estudo.

Para analisar os efeitos sobre a macroeconomia, os pesquisadores usaram dados do Programa de Orçamentos Familiares (POF) e do Sistema de Contas Nacionais, que contêm informações de produção, remuneração de fatores, tributos indiretos, consumo intermediário e componentes da demanda final. "(A transferência ocasiona) um giro na economia, onde uma renda gera um gasto e num gasto há uma renda", exemplificou o presidente do Ipea, Marcelo Neri, durante a coletiva.

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