Economia

Bolsa encerra semana sem surpresas

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 0,30% e o dólar comercial em alta de 0,32% (a 2,47 reais) nesta sexta-feira (17/05). Sem surpresas, os mercados brasileiros encerram a semana na espera do anúncio da taxa de juros (Selic), que será divulgada pelo Copom na próxima quarta-feira (22/05). A expectativa sa […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h29.

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 0,30% e o dólar comercial em alta de 0,32% (a 2,47 reais) nesta sexta-feira (17/05). Sem surpresas, os mercados brasileiros encerram a semana na espera do anúncio da taxa de juros (Selic), que será divulgada pelo Copom na próxima quarta-feira (22/05). A expectativa sa maioria dos analistas é de uma leve redução na taxa básica, conforme já foi sinalizado pelo presidente do BC, Armírio Fraga.

Analistas de bancos estrangeiros estimam que a taxa deva cair para incentivar a retomada da atividade econômica e aproveitar a leve baixa da inflação registrada neste mês. Há também quem aposte que mais um mês com a taxa em 18,5% seja necessária para acalmar os ânimos, que levaram o dólar a R$ 2,46 _muito acima dos R$ 2,32 da reunião do Copom de abril.

Nesta quinta-feira (16/5), Ilan Goldfajn, diretor de Política Econômica do BC, sinalizou com a possibilidade de corte na taxa básica. As declarações de Fraga na semana passada e de Goldfajn já foram refletidas nas negociações de dólar e juro futuro na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) nesta semana, que interrompeu as seqüências de alta do dólar e dos juros futuros. O contrato de dólar de junho caiu 1,59%, sendo cotado a R$ 2,4810. O contrato futuro de depósito interfinanceiro (DI) projetou taxa de 18,74% para o final do ano, contra 18,96% do pregão anterior. O DI de junho está cotado a 18,30%, contra 18,34% anteriormente.

A decisão do governo de cortar o Orçamento para compensar a perda causada pela interrupção da cobrança da CPMF também foi positiva para a retomada dos negócios. Os cortes de gastos de R$ 5,3 bilhões, somados ao R$ 1,1 bilhão que virá do aumento do IOF, foram fundamentais para reduzir o risco de o Brasil não atingir a meta fiscal combinada com o FMI. A nova sinalização de apoio do FMI à Argentina também foi bem recebida pelo mercado financeiro. O órgão deu prorrogação de um ano para o país pagar sua dívida US$ 130 milhões, que venceria na próxima semana.

Os movimentos dos mercados financeiros locais ainda estão muito atrelados aos resultados das pesquisas eleitorais. Na segunda-feira, está autorizada a divulgação de mais uma pesquisa eleitoral do Ibope, que já poderá sentir os reflexos do caso da Vale na candidatura de José Serra (PSDB). O último resultado do Ibope colocava Lula (PT) em primeiro lugar, com 35%. José Serra (PSDB) ficava com 18%; Anthony Garotinho (PSB), 16%; e Ciro Gomes (PPS), 11%. Os institutos Datafolha e Vox Populi divulgaram seus levantamentos, que já captaram o efeito Ricardo Sérgio na candidatura tucana. Pelo Datafolha, o candidato petista realmente subiu nas pesquisas, chegando a 43% das intenções de votos. Serra caiu de 22% para 17%, registrando empate técnico com Garotinho, que ficou com 15%, contra 16% da pesquisa anterior. A avaliação do Lloyds TSB é que "o mercado exagerou nas especulações e acabou se satisfazendo com resultados que, se não foram bons sob sua ótica, ficaram aquém dos temores exagerados".

Nesta sexta-feira, serão divulgados o índice de confiança do consumidor norte-americano e o resultado da balança comercial do país. No Brasil, o IBGE fará divulgação dos números da pesquisa de produção industrial mensal.

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