Economia

BoJ mantém política monetária e reduz frequência de reuniões

Por outro lado, o BC japonês começará a divulgar relatórios de perspectiva sobre crescimento e preços trimestralmente, e não mais duas vezes ao ano


	O presidente do Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda: a autoridade tem se mostrado otimista em relação à perspectiva da inflação japonesa
 (REUTERS/Yuya Shino)

O presidente do Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda: a autoridade tem se mostrado otimista em relação à perspectiva da inflação japonesa (REUTERS/Yuya Shino)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2015 às 06h33.

Tóquio - O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) decidiu manter sua política monetária inalterada e anunciou que vai reduzir a frequência com que se reúne, seguindo o padrão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e do Banco Central Europeu (BCE).

O BoJ, que costuma realizar 14 reuniões regulares por ano, passará a promover oito encontros de política monetária anualmente, a partir de janeiro de 2016.

Por outro lado, o BC japonês começará a divulgar relatórios de perspectiva sobre crescimento e preços trimestralmente, e não mais duas vezes ao ano.

Encerrando uma reunião de dois dias, o BoJ decidiu hoje, por 8 votos a 1, a manter inalterado o volume anual do programa de compras de ativos em 80 trilhões de ienes, numa sinalização de confiança de que atingirá sua meta de inflação de 2,0% no próximo ano.

Como ocorreu em encontros anteriores, o único dirigente contrário à manutenção do volume atual foi Takahide Kiuchi, que mais uma vez sugeriu reduzir o programa para 45 trilhões de ienes anuais.

O BoJ também previu que a inflação ao consumidor do Japão deverá oscilar em torno de zero nos próximos meses, em razão principalmente de fatores externos que fogem ao controle do BC japonês, como a tendência de queda dos preços do petróleo.

Contudo, autoridades do BoJ, incluindo o presidente Haruhiko Kuroda, têm se mostrado otimistas em relação à perspectiva da inflação, com o argumento de que os preços devem voltar a subir até o fim do ano, uma vez que diminuírem os efeitos da energia barata.

Eles argumentam que aumentos salariais, condições mais estreitas do mercado de trabalho e o comportamento das empresas de estabelecer preços mais altos para os bens de necessidade estão entre os fatores que ajudarão a reverter anos de mentalidade deflacionária no país.

Repetindo avaliação anterior, o BoJ afirmou ainda que a economia japonesa "continuou a se recuperar de forma moderada". 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBCEFed – Federal Reserve SystemJapãoMercado financeiroPaíses ricos

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação