BNDES prevê taxa de investimento acima de 20% em 2012
Em 2011, mesmo com uma expansão de 4,7 por cento, a taxa de investimento da economia doméstica recuou de 19,5 para 19,3 por cento
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2012 às 15h49.
São Paulo - Uma participação maior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no crédito está em discussão no governo, em meio a esforços para elevar a taxa de investimento do país ante 2011, disse o presidente do banco de fomento.
"Há uma orientação da presidente Dilma para elevar a taxa de investimento", disse a jornalistas nesta sexta-feira o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, após assinatura de um acordo de cooperação técnica entre o órgão e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
"Uma participação mais ativa do BNDES está em discussão no governo para este ano", acrescentou, afirmando que o objetivo é elevar a expansão dos recursos empregados na formação bruta de capital fixo para cima de 20 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.
Em 2011, mesmo com uma expansão de 4,7 por cento, a taxa de investimento da economia doméstica recuou de 19,5 para 19,3 por cento. Para Coutinho, um nível maior desse quesito é fundamental para que o Brasil cresça mais e o BNDES está disposto a participar de um esforço maior, se necessário.
"Vamos fazer o possível para fazer o PIB crescer 4 por cento este ano", disse Coutinho. A meta do Ministério da Fazenda é de expansão de 4,5 por cento, mas a previsão média do mercado no boletim Focus está em 3,3 por cento para o ano.
Também nesta sexta-feira, o vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz, disse considerar a relação entre investimento e PIB insuficiente. "Estamos gerando emprego, mas não estamos induzindo a produtividade de forma equivalente", disse durante aula inaugural no Instituto de Economia da UFRJ.
Segundo Ferraz, um crescimento sustentável exige uma taxa de investimento de 24 a 25 por cento do PIB, sem estimar quando o Brasil poderia atingir tal patamar.
"Taxas de juros mais baixas sempre são úteis para o desenvolvimento, desde que sejam sustentáveis no longo prazo", afirmou ele. "A trajetória que estamos vendo está indo nessa direção, e o desafio do país é manter (as taxas) nessa trajetória declinante".
Os desembolsos do BNDES totalizaram 139,7 bilhões de reais em 2011, uma queda anual de 17 por cento. Segundo Coutinho, se houver aceleração do investimento, os desembolsos do BNDES podem crescer este ano.
Mudanças nas debêntures de infraestrutura
Coutinho disse também que o governo está fazendo mudanças no projeto de debêntures de longo prazo, uma das principais apostas para elevar o financiamento privado para infraestrutura.
"Há uma predisposição altamente favorável do governo às sugestões do setor privado", disse Coutinho. "Pode haver alguns ajustes em temas como custódia e estímulo à liquidez", agregou.
Na véspera, a Reuters publicou que representantes do mercado de capitais pediram ao governo uma série de modificações no projeto das debêntures de infraestrutura.
Entre esses representantes estavam o BNDES, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), escritórios de advocacia e entidades empresariais, como a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
São Paulo - Uma participação maior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no crédito está em discussão no governo, em meio a esforços para elevar a taxa de investimento do país ante 2011, disse o presidente do banco de fomento.
"Há uma orientação da presidente Dilma para elevar a taxa de investimento", disse a jornalistas nesta sexta-feira o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, após assinatura de um acordo de cooperação técnica entre o órgão e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
"Uma participação mais ativa do BNDES está em discussão no governo para este ano", acrescentou, afirmando que o objetivo é elevar a expansão dos recursos empregados na formação bruta de capital fixo para cima de 20 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.
Em 2011, mesmo com uma expansão de 4,7 por cento, a taxa de investimento da economia doméstica recuou de 19,5 para 19,3 por cento. Para Coutinho, um nível maior desse quesito é fundamental para que o Brasil cresça mais e o BNDES está disposto a participar de um esforço maior, se necessário.
"Vamos fazer o possível para fazer o PIB crescer 4 por cento este ano", disse Coutinho. A meta do Ministério da Fazenda é de expansão de 4,5 por cento, mas a previsão média do mercado no boletim Focus está em 3,3 por cento para o ano.
Também nesta sexta-feira, o vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz, disse considerar a relação entre investimento e PIB insuficiente. "Estamos gerando emprego, mas não estamos induzindo a produtividade de forma equivalente", disse durante aula inaugural no Instituto de Economia da UFRJ.
Segundo Ferraz, um crescimento sustentável exige uma taxa de investimento de 24 a 25 por cento do PIB, sem estimar quando o Brasil poderia atingir tal patamar.
"Taxas de juros mais baixas sempre são úteis para o desenvolvimento, desde que sejam sustentáveis no longo prazo", afirmou ele. "A trajetória que estamos vendo está indo nessa direção, e o desafio do país é manter (as taxas) nessa trajetória declinante".
Os desembolsos do BNDES totalizaram 139,7 bilhões de reais em 2011, uma queda anual de 17 por cento. Segundo Coutinho, se houver aceleração do investimento, os desembolsos do BNDES podem crescer este ano.
Mudanças nas debêntures de infraestrutura
Coutinho disse também que o governo está fazendo mudanças no projeto de debêntures de longo prazo, uma das principais apostas para elevar o financiamento privado para infraestrutura.
"Há uma predisposição altamente favorável do governo às sugestões do setor privado", disse Coutinho. "Pode haver alguns ajustes em temas como custódia e estímulo à liquidez", agregou.
Na véspera, a Reuters publicou que representantes do mercado de capitais pediram ao governo uma série de modificações no projeto das debêntures de infraestrutura.
Entre esses representantes estavam o BNDES, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), escritórios de advocacia e entidades empresariais, como a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).