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BNDES não deve atingir meta de desembolsos de 2011

De janeiro a setembro, os desembolsos do banco somaram 91,8 bilhões de reais, uma queda de 28 por cento ante o mesmo período de 2010

De acordo com Coutinho, os desembolsos devem crescer no quarto trimestre, período sazonalmente mais forte (Elza Fiúza/Abr)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2011 às 16h16.

Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) não deve cumprir a meta de desembolsos desse ano de 145 bilhões de reais, disse nesta segunda-feira o presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho.

Ele também previu que, para 2012, as liberações devem ser semelhantes ou um pouco maiores do que esse ano. Para Coutinho, o movimento deve-se em parte à menor atividade da economia doméstica e aos efeitos da crise de dívida soberana na Europa.

"Vivemos um momento peculiar de alta exacerbação das incertezas no cenário internacional," afirmou Coutinho.

De janeiro a setembro, os desembolsos do banco somaram 91,8 bilhões de reais, uma queda de 28 por cento ante o mesmo período de 2010. O resultado do ano passado foi influenciado pela operação de capitalização da Petrobras, no valor de 24,7 bilhões de reais. Sem ela, a queda nas liberações foi de 11,1 por cento.

De acordo com Coutinho, os desembolsos devem crescer no quarto trimestre, período sazonalmente mais forte "Provavelmente, vamos ter um desembolso entre 140 e 145 bilhões, talvez um pouco abaixo da nossa expectativa de 145 bilhões", previu.


Ele também atrelou o não cumprimento da meta a questões como demora na concessão de licenças, como as ambientais.

No espaço de 12 meses terminado em setembro, os desembolsos encolheram 22 por cento, para 132,2 bilhões de reais.

As aprovações caíram em 12 meses 23 por cento (162,2 bilhões), enquanto as operações de enquadramento, 13 por cento (193,2 bilhões) e as consultas, 32 por cento (180,3 bilhões).

"A expectativa do BNDES para 2012 dentro da nossa programação é de manutenção ou de uma pequena ampliação dos desembolsos à medida que a economia cresça," disse Coutinho.

De janeiro a setembro, os desembolsos para a industria caíram 56 por cento (totalizando 28, 4 bilhões de reais), sendo que no segmento de química e petroquímica, onde se enquadra o empréstimo a Petrobras, a retração foi de 85 por cento.

Os empréstimos para agropecuária caíram 1 por cento (para 7,2 bilhões), enquanto para infraestrutura subiram 4 por cento (38 bilhões) e para comércio e serviços encolheram 8 por cento (17,9 bilhões de reais).

Dólar e ações - O presidente do BNDES reconheceu ainda que a turbulência nos mercados financeiros pode afetar os resultados financeiros do banco no terceiro trimestre que serão divulgados em 11 de novembro.

Segundo Coutinho, a elevada contribuição da carteira de renda variável na primeira metade do ano não deve se repetir no segundo semestre.

"Antes da crise vir, tivemos um primeiro semestre muito bom. O lucro foi muito bom e a participação da renda variável chegou a quase 60 por cento. Com o mercado volátil não há momento para a BNDESpar fazer operações de venda", disse.

Já a alta recente do dólar não terá impacto sobre o desempenho do banco, segundo Coutinho.

"O impacto do dólar é desprezível porque fazemos hedge de praticamente todas as nossas operações", afirmou.

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Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) não deve cumprir a meta de desembolsos desse ano de 145 bilhões de reais, disse nesta segunda-feira o presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho.

Ele também previu que, para 2012, as liberações devem ser semelhantes ou um pouco maiores do que esse ano. Para Coutinho, o movimento deve-se em parte à menor atividade da economia doméstica e aos efeitos da crise de dívida soberana na Europa.

"Vivemos um momento peculiar de alta exacerbação das incertezas no cenário internacional," afirmou Coutinho.

De janeiro a setembro, os desembolsos do banco somaram 91,8 bilhões de reais, uma queda de 28 por cento ante o mesmo período de 2010. O resultado do ano passado foi influenciado pela operação de capitalização da Petrobras, no valor de 24,7 bilhões de reais. Sem ela, a queda nas liberações foi de 11,1 por cento.

De acordo com Coutinho, os desembolsos devem crescer no quarto trimestre, período sazonalmente mais forte "Provavelmente, vamos ter um desembolso entre 140 e 145 bilhões, talvez um pouco abaixo da nossa expectativa de 145 bilhões", previu.


Ele também atrelou o não cumprimento da meta a questões como demora na concessão de licenças, como as ambientais.

No espaço de 12 meses terminado em setembro, os desembolsos encolheram 22 por cento, para 132,2 bilhões de reais.

As aprovações caíram em 12 meses 23 por cento (162,2 bilhões), enquanto as operações de enquadramento, 13 por cento (193,2 bilhões) e as consultas, 32 por cento (180,3 bilhões).

"A expectativa do BNDES para 2012 dentro da nossa programação é de manutenção ou de uma pequena ampliação dos desembolsos à medida que a economia cresça," disse Coutinho.

De janeiro a setembro, os desembolsos para a industria caíram 56 por cento (totalizando 28, 4 bilhões de reais), sendo que no segmento de química e petroquímica, onde se enquadra o empréstimo a Petrobras, a retração foi de 85 por cento.

Os empréstimos para agropecuária caíram 1 por cento (para 7,2 bilhões), enquanto para infraestrutura subiram 4 por cento (38 bilhões) e para comércio e serviços encolheram 8 por cento (17,9 bilhões de reais).

Dólar e ações - O presidente do BNDES reconheceu ainda que a turbulência nos mercados financeiros pode afetar os resultados financeiros do banco no terceiro trimestre que serão divulgados em 11 de novembro.

Segundo Coutinho, a elevada contribuição da carteira de renda variável na primeira metade do ano não deve se repetir no segundo semestre.

"Antes da crise vir, tivemos um primeiro semestre muito bom. O lucro foi muito bom e a participação da renda variável chegou a quase 60 por cento. Com o mercado volátil não há momento para a BNDESpar fazer operações de venda", disse.

Já a alta recente do dólar não terá impacto sobre o desempenho do banco, segundo Coutinho.

"O impacto do dólar é desprezível porque fazemos hedge de praticamente todas as nossas operações", afirmou.

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