Economia

BNDES e "banco dos BRICS" fazem 1º desembolso no Brasil

Os recursos, no valor de US$ 67,3 milhões, destinam-se a seis parques de energia eólica nos Estados do Piauí e de Pernambuco

BNDES: o banco e o NDB assinaram há um ano contrato no valor de US$ 300 milhões, para apoiar, com recursos do NDB, investimentos em energia renovável (Vanderlei Almeida/AFP)

BNDES: o banco e o NDB assinaram há um ano contrato no valor de US$ 300 milhões, para apoiar, com recursos do NDB, investimentos em energia renovável (Vanderlei Almeida/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de abril de 2018 às 19h28.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o New Development Bank (NDB), conhecido como "banco dos BRICS", fizeram nesta quarta-feira, 18, o primeiro desembolso conjunto para uma operação de financiamento no Brasil.

A liberação, no valor de US$ 67,3 milhões, é a maior já realizada pelo NDB e faz parte de contrato assinado com o BNDES há um ano para apoiar projetos de energia renováveis.

Os recursos destinam-se a seis parques de energia eólica nos Estados do Piauí e de Pernambuco. Eles integram o Complexo Eólico Araripe 3, do Grupo Casa dos Ventos, composto, no total, de 14 parques, nos municípios de Simões e Currais Novos (PI) e Araripina (PE). Ao todo, o complexo terá capacidade instalada de 358 megawatts, por meio de 156 turbinas geradoras de energia.

O BNDES e o NDB assinaram há um ano contrato no valor de US$ 300 milhões, para apoiar, com recursos do NDB, investimentos em geração de energia eólica, solar, hidrelétrica (pequenas centrais hidrelétricas) e a partir de biomassa (biogás e resíduos agrícolas).

Segundo o banco de desenvolvimento brasileiro, a estimativa é que a cooperação viabilizará investimentos que adicionarão em torno de 600 MW à capacidade de geração brasileira.

"O BNDES usará os recursos do NDB para diversificar e ampliar suas fontes de recursos e promover suas linhas de financiamento existentes para o setor de energias alternativas, como já faz com recursos provenientes de outros organismos multilaterais e agências oficiais de crédito", informa.

O BNDES ressalta que a matriz elétrica brasileira tem mais de 60% de sua geração a partir de fonte hidrelétrica, que tende a ficar cada vez mais exposta aos efeitos da mudança climática e aos períodos de seca.

"Nesse contexto, a nova parceria busca fomentar energias alternativas, apoiando a diversificação da matriz e incrementando a segurança do sistema no futuro, a fim de garantir o fornecimento para todos os setores da economia."

O NDB é uma instituição multilateral criada em 2014 pelos países que compõem o grupo dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África da Sul). O NDB visa mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países membros dos BRICS e outras economias emergentes e países em desenvolvimento.

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