Sede do BNDES: em janeiro, o BNDES já havia captado 650 milhões em euros ( US$ 893,3 milhões) em papéis com vencimento em cinco anos (Divulgação/BNDES)
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2014 às 20h07.
São Paulo - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) captou US$ 1,5 bilhão no exterior, com a emissão de novos bônus com vencimento em 2019 e a reabertura de uma emissão de títulos a serem resgatados em 2023. Com essa operação, a instituição já levantou quase US$ 3,2 bilhões no mercado internacional este ano, superando a cifra arrecadada em 2013 e a meta de captação de US$ 2,5 bilhões prevista para 2014.
Mesmo com os rebaixamentos das notas de risco, pela Standard & Poor's, do Tesouro Nacional e do BNDES, a demanda pelos papéis da instituição foi grande, tanto que nas duas emissões, o banco pagou uma taxa de retorno para os papéis abaixo do patamar inicialmente ofertado.
Nos títulos com vencimento em 2019, o BNDES captou US$ 1 bilhão, oferecendo retorno ao investidor de Treasury mais 237,5 pontos-base. Inicialmente, a oferta era de um prêmio ao redor de 262,5 pontos-base acima da rentabilidade dos títulos do tesouro americano.
Com a reabertura dos bônus 2023, foram emitidos US$ 500 milhões, que pagaram um retorno equivalente ao Treasury mais 262,5 pontos-base, também abaixo do prêmio de 287,5 pontos-base oferecidos inicialmente.
A captação foi coordenada pelos bancos BB Securities, o Citigroup, HSBC e o Mitsubishi UFJ Securities.
Na final do mês passado, o superintendente da Área Internacional do BNDES, Sérgio Foldes, afirmou que a janela de captações continuava aberta para bons emissores. Em apenas dois dias de março, a instituição financeira levantou US$ 800 milhões no exterior, em operações com o banco de desenvolvimento japonês, o JBIC e o Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ (BTMU). Segundo o banco de fomento, os recursos serão utilizados para apoiar iniciativas de internacionalização de empresas brasileiras.
Além disso, em janeiro, o BNDES já havia captado 650 milhões em euros ( US$ 893,3 milhões) em papéis com vencimento em cinco anos.