Economia

BM: América Latina precisa ampliar exportação de tecnologia

A América Latina tornou-se no parceiro comercial mais dinâmico para a China, o maior consumidor do mundo, com um crescimento de 31% anuais das exportações chinesas

As exportações da região à China se concentram em produtos primários em seu processamento básico (©AFP / Str)

As exportações da região à China se concentram em produtos primários em seu processamento básico (©AFP / Str)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2012 às 18h13.

Santiago - A América Latina precisa aumentar a exportação de tecnologia e produtos industriais, e não se basear apenas em seus recursos naturais, com o objetivo de aproveitar a crescente demanda do mercado chinês, aconselhou Justin Lin, economista-chefe do Banco Mundial (BM).

"Os países da América Latina e do Caribe devem realizar mudanças estruturais em sua política de exportação e passar à tecnologia e à indústria, porque essas mudanças constituem a base para continuar crescendo", disse o economista chinês durante uma conferência realizada nesta segunda-feira na sede da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) em Santiago.

Lin pediu aos países latino-americanos para cruzar "a fronteira tecnológica global" mediante a promoção de "mudanças estruturais" que se dirijam a "abastecer a crescente demanda chinesa", país que na opinião da instituição crescerá a um ritmo de 8% anuais durante os próximos 20 anos.

"A América Latina precisa de uma estratégia para promover mudanças estruturais e buscar a diversificação dos recursos naturais para a tecnologia que é a melhor estratégia para fazer frente aos desafios da alta demanda da China e aproveitar suas oportunidades", completou o economista.

A América Latina tornou-se no parceiro comercial mais dinâmico para a China, o maior consumidor do mundo, com um crescimento de 31% anuais das exportações chinesas à região latino-americana entre 2005 e 2010, comparado com os 16% do resto do mundo, segundo dados da Cepal.

As exportações da região à China se concentram em produtos primários em seu processamento básico.

"Para a maioria dos países na região, a China já é o principal mercado de exportações. O problema é que é ainda mercado de recursos naturais", disse à AFP Antonio Prado, secretário-adjunto da Cepal, que participou da coletiva com Justin Li.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaÁsiaBanco MundialChinaComércio exteriorExportações

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega