Bitcoin seduz para que legisladores mantenham indústria
Washington - Os defensores da Bitcoin chegaram à Washington há um ano com a sombra de uma investigação criminal federal projetada sobre a indústria das moedas virtuais. Sua primeira missão: conquistar, ou pelo menos não alarmar, a Rede de Punição de Crimes Financeiros do Departamento Americano do Tesouro, chamada Fincen. “A nossa primeira reação perante […]
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 16h10.
Washington - Os defensores da Bitcoin chegaram à Washington há um ano com a sombra de uma investigação criminal federal projetada sobre a indústria das moedas virtuais.
Sua primeira missão: conquistar, ou pelo menos não alarmar, a Rede de Punição de Crimes Financeiros do Departamento Americano do Tesouro, chamada Fincen.
“A nossa primeira reação perante algo novo, particularmente quando eu estava do lado da fiscalização, era ‘Risco enorme! Risco enorme de lavagem de dinheiro! É ruim!’”, disse a diretora da Fincen, Jennifer Shasky Calvery, em uma entrevista esta semana. “Mas somos o Departamento do Tesouro, essa reação instintiva não pode ser nossa resposta”.
Em março, a Fincen emitiu regras que estabeleciam que as empresas de Bitcoins podiam ser consideradas transmissoras de dinheiro, as quais devem cumprir com as leis contra a lavagem de dinheiro. A indústria deu as boas-vindas à medida, pois fornecia um roteiro para cumprir com as regulamentações e ajudava a eliminar a reputação da Bitcoin como facilitadora de transações ilícitas.
Aquele ponto foi o “tiro de largada” das atividades da Bitcoin em Washington, disse Marco Santori, presidente do comitê de assuntos regulatórios da Bitcoin Foundation, sediada em Seattle. Ele disse que se reuniu com Shasky Calvery.
Após começar 2013 sem presença em Washington, agora a Bitcoin possui sua própria fundação e representantes da indústria como embaixadores no Congresso. A moeda está sendo cortejada por lobistas profissionais para fazer negócios.
Murmúrio sobre a Bitcoin
Adrian Fenty, ex-prefeito de Washington e que atualmente trabalha para o escritório de advocacia Perkins Coie, está ajudando a desenvolver uma estratégia política, enquanto os fãs de Ron Paul, um ex-republicano de tendências libertárias que se candidatou a presidente em 2012, estão aumentando o murmúrio sobre a Bitcoin.
Os esforços visam garantir que legisladores desconfiados não matem a indústria embrionária e que os reguladores forneçam um conjunto claro de regras de jogo. Em novembro, um par de audiências predominantemente amigáveis mostrou que os primeiros passos da Bitcoin em Washington – conquanto descentralizados, como a própria moeda – estão dando certo até agora.
A rápida valorização da moeda, de cerca de US$ 13 por unidade em janeiro de 2013 para aproximadamente US$ 840 ontem, segundo o índice CoinDesk Bitcoin Price, também está ajudando a colocá-la no radar de Washington.
Cortejando lobistas
Contudo, alguns lobistas, muitos dos quais querem representar empreendimentos com Bitcoins, advertem que à medida que a popularidade da moeda virtual crescer, indústrias muito poderosas com operações bem estabelecidas em Washington, como a banca e as companhias de cartões de crédito, poderiam começar a atuar contra uma ameaça percebida.
“Com as audiências no Senado, pode ser que eles tenham acordado um gigante dormente que está menos enamorado da moeda virtual do que eles”, disse Heather Podesta, uma lobista que está procurando clientes no reino da Bitcoin. “Como com qualquer indústria nova, eles provavelmente tenham que jogar um pouco na defensiva quando as pessoas começarem a fazer perguntas”.
Em outubro, a indústria recebeu uma das suas melhores oportunidades em Washington quando o FBI fechou Silk Road, um mercado on-line de drogas e armas onde os usuários pagavam com Bitcoins. A resolução da investigação, que não criticou os pagamentos virtuais, deu credibilidade, ao que seguiram as encorajadoras audiências no Senado.
Agora, a Comissão Federal de Eleições (FEC) está avaliando como tratar a Bitcoin no âmbito das campanhas eleitorais. Muitos comitês de ação política dedicados à Bitcoin já apresentaram documentação na FEC, e recentemente o deputado republicano por Texas Steve Stockman começou a aceitar doações em Bitcoins para sua campanha no Senado.
Nick Spanos, ex-ativista que trabalhou para Paul e diretor de uma companhia de dados sobre republicanos, deu a Stockman um tour pelo seu centro de educação sobre Bitcoins em Nova York na véspera do Ano Novo. Em uma entrevista, ele disse que Stockman “entende. Nem todos os políticos têm a capacidade de aceitar novos conceitos em suas mentes”.
Uma forma de motivá-los, disse Spanos: “Todos deveriam fazer doações aos seus políticos em Bitcoins. Então, eles entenderão tudo da noite para o dia”.
Washington - Os defensores da Bitcoin chegaram à Washington há um ano com a sombra de uma investigação criminal federal projetada sobre a indústria das moedas virtuais.
Sua primeira missão: conquistar, ou pelo menos não alarmar, a Rede de Punição de Crimes Financeiros do Departamento Americano do Tesouro, chamada Fincen.
“A nossa primeira reação perante algo novo, particularmente quando eu estava do lado da fiscalização, era ‘Risco enorme! Risco enorme de lavagem de dinheiro! É ruim!’”, disse a diretora da Fincen, Jennifer Shasky Calvery, em uma entrevista esta semana. “Mas somos o Departamento do Tesouro, essa reação instintiva não pode ser nossa resposta”.
Em março, a Fincen emitiu regras que estabeleciam que as empresas de Bitcoins podiam ser consideradas transmissoras de dinheiro, as quais devem cumprir com as leis contra a lavagem de dinheiro. A indústria deu as boas-vindas à medida, pois fornecia um roteiro para cumprir com as regulamentações e ajudava a eliminar a reputação da Bitcoin como facilitadora de transações ilícitas.
Aquele ponto foi o “tiro de largada” das atividades da Bitcoin em Washington, disse Marco Santori, presidente do comitê de assuntos regulatórios da Bitcoin Foundation, sediada em Seattle. Ele disse que se reuniu com Shasky Calvery.
Após começar 2013 sem presença em Washington, agora a Bitcoin possui sua própria fundação e representantes da indústria como embaixadores no Congresso. A moeda está sendo cortejada por lobistas profissionais para fazer negócios.
Murmúrio sobre a Bitcoin
Adrian Fenty, ex-prefeito de Washington e que atualmente trabalha para o escritório de advocacia Perkins Coie, está ajudando a desenvolver uma estratégia política, enquanto os fãs de Ron Paul, um ex-republicano de tendências libertárias que se candidatou a presidente em 2012, estão aumentando o murmúrio sobre a Bitcoin.
Os esforços visam garantir que legisladores desconfiados não matem a indústria embrionária e que os reguladores forneçam um conjunto claro de regras de jogo. Em novembro, um par de audiências predominantemente amigáveis mostrou que os primeiros passos da Bitcoin em Washington – conquanto descentralizados, como a própria moeda – estão dando certo até agora.
A rápida valorização da moeda, de cerca de US$ 13 por unidade em janeiro de 2013 para aproximadamente US$ 840 ontem, segundo o índice CoinDesk Bitcoin Price, também está ajudando a colocá-la no radar de Washington.
Cortejando lobistas
Contudo, alguns lobistas, muitos dos quais querem representar empreendimentos com Bitcoins, advertem que à medida que a popularidade da moeda virtual crescer, indústrias muito poderosas com operações bem estabelecidas em Washington, como a banca e as companhias de cartões de crédito, poderiam começar a atuar contra uma ameaça percebida.
“Com as audiências no Senado, pode ser que eles tenham acordado um gigante dormente que está menos enamorado da moeda virtual do que eles”, disse Heather Podesta, uma lobista que está procurando clientes no reino da Bitcoin. “Como com qualquer indústria nova, eles provavelmente tenham que jogar um pouco na defensiva quando as pessoas começarem a fazer perguntas”.
Em outubro, a indústria recebeu uma das suas melhores oportunidades em Washington quando o FBI fechou Silk Road, um mercado on-line de drogas e armas onde os usuários pagavam com Bitcoins. A resolução da investigação, que não criticou os pagamentos virtuais, deu credibilidade, ao que seguiram as encorajadoras audiências no Senado.
Agora, a Comissão Federal de Eleições (FEC) está avaliando como tratar a Bitcoin no âmbito das campanhas eleitorais. Muitos comitês de ação política dedicados à Bitcoin já apresentaram documentação na FEC, e recentemente o deputado republicano por Texas Steve Stockman começou a aceitar doações em Bitcoins para sua campanha no Senado.
Nick Spanos, ex-ativista que trabalhou para Paul e diretor de uma companhia de dados sobre republicanos, deu a Stockman um tour pelo seu centro de educação sobre Bitcoins em Nova York na véspera do Ano Novo. Em uma entrevista, ele disse que Stockman “entende. Nem todos os políticos têm a capacidade de aceitar novos conceitos em suas mentes”.
Uma forma de motivá-los, disse Spanos: “Todos deveriam fazer doações aos seus políticos em Bitcoins. Então, eles entenderão tudo da noite para o dia”.