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Berlim critica Commerzbank por defender bônus na UE

Presidente-executivo do banco afirmou que bônus da zona do euro estabeleceriam permanentemente o euro como uma moeda de importância global

Angela Merkel: chanceler rejeitou pedidos de parceiros para introduzir bônus na zona do euro (Miguel Riopa/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 11h01.

Berlim - O chefe do Commerzbank, segundo maior banco alemão, foi veementemente criticado pelo governo nesta quarta-feira por sugerir que a Europa reviva a ideia de emitir bônus comuns da zona do euro .

Martin Blessing, presidente-executivo do banco no qual o governo detém uma fatia de 17 por cento, escreveu uma coluna opinativa no jornal alemão Handelsblatt afirmando que os bônus da zona do euro "estabeleceriam permanentemente o euro como uma moeda de importância global" e garantiriam a competitividade europeia.

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A chanceler alemã Angela Merkel rejeitou repetidamente pedidos de parceiros europeus como a França e a Itália para introduzir tais bônus durante o auge da crise financeira da zona do euro, argumentando que eles removeriam incentivos para que os países membros reformassem e limpassem suas finanças.

Steffen Kampeter, vice-ministro das Finanças e membro do partido de Merkel, o CDU, confrontou rapidamente a ideia de Blessing nesta quarta-feira, afirmando que bônus da zona do euro estão "totalmente fora da agenda política".

"Em vez de se ocupar com um assunto inoportuno como esse, o Sr. Blessing deveria se concentrar no seu papel como presidente-executivo", disse Kampeter.

Falando em uma conferência sobre bancos em Frankfurt, o co-presidente-executivo do Deutsche Bank Anshu Jain também rejeitou a ideia, afirmando que preferia a "disciplina" de países individuais emitindo dívida.

Blessing escreveu em sua coluna no jornal que a resposta do Banco Central Europeu (BCE) à crise da dívida da zona do euro e os bônus emitidos pelo esquema de resgate Mecanismo de Estabilidade Europeia significavam que a responsabilidade compartilhada "já era uma realidade" e que "os eurobônus já foram praticamente introduzidos pela porta dos fundos".

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