Economia

BCE sinaliza pacote de estímulo com crescimento mais fraco, mostra ata

Entre as iniciativas, estão possíveis cortes de juros e compras de ativos

Europa: há perspectivas de crescimento baixo para os países do continente (omersukrugoksu/Getty Images)

Europa: há perspectivas de crescimento baixo para os países do continente (omersukrugoksu/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de agosto de 2019 às 10h04.

Última atualização em 22 de agosto de 2019 às 10h55.

Dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) discutiram um possível novo pacote de estímulos que incluiria cortes de juros e compras de ativos durante a última reunião de política monetária de 25 de julho. Na ocasião, eles também concordaram que é preciso manter a atual postura acomodatícia por tempo prolongado.

"Foi expressada a visão de que várias opções deveriam ser vistas como um pacote, ou seja, uma combinação de instrumentos com significativas complementaridades e sinergias, uma vez que a experiência mostra que um pacote de políticas - como um combinação de cortes de juros e compras de ativos - é mais eficiente do que uma sequência de ações seletivas", afirmou o BCE em ata da reunião, publicada nesta quinta-feira.

O BCE também considerou examinar formas de fortalecer sua orientação futura ("forward guidance") paras os juros, anunciando um trabalho preparatório para o desenvolvimento de um sistema de camadas para a taxa de depósitos - atualmente em -0 40% e que é utilizada para remunerar as reservas - para mitigar os efeitos de taxas negativas no sistema bancário da zona do euro.

Alguns dirigentes do BCE, porém, demonstraram preocupação com "possíveis efeitos indesejados" de um eventual sistema de camadas.

Ainda no documento, o BCE comentou que a simetria do objetivo de inflação no médio prazo é um "importante elemento" para garantir que a inflação convirja de forma sustentável em direção à meta oficial, que é de uma taxa ligeiramente abaixo de 2%.

Além disso, o BCE observou que o comércio global permanece contido, como resultado de um enfraquecimento nos investimentos mundiais, e ressaltou ser provável que a desaceleração econômica da zona do euro se estenda por mais tempo do que se previa.

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