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BCE mostra preocupação com tarifas dos EUA e possíveis represálias

O Banco Central Europeu afirmou nesta quinta que as tarifas podem ter seus efeitos amplificados, por conta da complexidade das cadeias de produção

Caso todas as ameaças de medidas se tornassem realidade, a tarifa média aplicada pelos EUA seria a maior dos últimos 50 anos (Getty Images/Getty Images)
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EFE

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 14h46.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) mostrou preocupação com o protecionismo após o primeiro aumento das tarifas americanas às importações chinesas desde 6 julho e as represálias da China.

Em seu último boletim econômico, publicado nesta quinta-feira, o BCE constata que "os riscos em baixa para a economia mundial se intensificaram, em um entorno de adoção de medidas e de ameaças de aumentos das tarifas por parte dos Estados Unidos, assim como de possíveis represálias dos países afetados".

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Simultaneamente, começaram a ser aplicadas as medidas adotadas pela União Europeia e o Canadá em represália às tarifas impostas previamente por Washington sobre o aço e o alumínio.

A Administração americana também iniciou uma nova investigação sobre as importações de automóveis e de peças de automóveis que, em caso termine na adoção de medidas protecionistas, poderia afetar especialmente Canadá, Japão, México e Coreia do Sul, assim como grandes economias da UE.

"A complexidade das cadeias de produção poderia amplificar ainda mais os efeitos adversos do protecionismo para a economia mundial", adverte o BCE.

Se todas as ameaças de medidas se tornassem realidade, a tarifa média aplicada pelos Estados Unidos aumentaria até níveis não observados nos últimos 50 anos.

"Estas circunstâncias constituem um grande risco para as perspectivas de comércio e atividade mundial a curto e a médio prazo", considera o BCE.

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