Economia

BCE concorda sobre corte de estímulo em reunião, dizem fontes

Segundo fontes, as possibilidades discutidas incluem reduzir as compras de ativos a 40 bi de euros por mês ou 20 bi de euros com opções de prororrogação

BCE: postura cautelosa do banco aumenta as chances de redução do afrouxamento no volume de estímulos (Foto/Getty Images)

BCE: postura cautelosa do banco aumenta as chances de redução do afrouxamento no volume de estímulos (Foto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 8 de setembro de 2017 às 08h37.

Última atualização em 8 de setembro de 2017 às 11h04.

Frankfurt - Autoridades do Banco Central Europeu (BCE) que se reuniram na quinta-feira concordaram que a próxima medida será reduzir as compras de ativos e discutiram quatro opções, afirmaram duas fontes com conhecimento direto das discussões.

As possibilidades discutidas pelo BCE incluem --mas não estão limitadas a-- reduzir as compras de ativos dos atuais 60 bilhões de euro para 40 bilhões de euros por mês ou 20 bilhões de euros a partir do começo de 2018, com opções de prorrogação que incluem 6 meses ou 9 meses, disseram as fontes, que pediram para não ser identificadas.

Qualquer decisão, que deve vir em outubro, deve ser defendida por um consenso amplo, disseram as fontes, com uma delas sugerindo que um acordo pode ser encontrado para compras mensais entre 20 bilhões de euros e 40 bilhões de euros.

Isso mostra que as autoridades querem evitar a repetição dos atritos públicos que tem prejudicado a história do programa de afrouxamento quantitativa desde o seu lançamento em 2015, com decisões criticadas pelos bancos centrais nacionais hostis à política e até mesmo por alguns da própria Diretoria Executiva do BCE.

O presidente do banco central da Alemanha, Jens Weidmann, que há muito tempo pede para que o BCE reduza o ritmo do programa, usou um tom conciliador nesta sexta-feira ao apoiar a decisão no dia anterior de adiar qualquer ação até outubro.

"O aumento da inflação é lento e a incerteza sobre a trajetória da inflação futura é bastante grande", disse Weidmann, membro do Conselho do BCE.

"Por esse motivo, o Conselho do BCE decidiu aguardar e aproveitar esse tempo para avaliar a situação da política monetária".

Ele advertiu, no entanto, que o BCE deve ter cuidado para não perder o momento certo de agir.

O BCE se recusou a comentar a notícia, que impulsionou o euro e os rendimentos dos títulos do governo no bloco de moeda única.

Preocupado com a força do euro, o banco manteve a política monetária na quinta-feira, com o presidente Mario Draghi deixando para outubro a decisão sobre as compras de ativos.

A postura cautelosa aumenta as chances de o BCE optar por reduzir o afrouxamento quantitativo, que visa impulsionar o crescimento e a inflação, de forma bastante lenta no próximo ano, apesar do crescimento econômico sólido na zona do euro e das preocupações com bolhas imobiliárias em países mais ricos como a Alemanha.

Embora os cenários incluam volumes mensais específicos e prorrogações, a maior parte do foco da discussão ficou sobre o volume geral das compras.

Isso inclui o reinvestimento dos rendimentos de títulos a vencer, que subirão lentamente para 15 bilhões de euros por mês no próximo ano, disseram as fontes.

As autoridades também concordaram que os juros não serão elevados antes do fim das compras de ativos, disseram as fontes, indicando que qualquer extensão do programa também desencadeará o primeiro aumento dos juros.

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