BC vê rombo de US$67 bi na conta corrente do país em 2013
Segundo o BC, os investimentos estrangeiros diretos (IED) devem fechar o ano em 65 bilhões de dólares
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2013 às 12h26.
Brasília - Com o cenário para o comércio exterior do Brasil mais complicado, o Banco Central piorou sua projeção para o déficit em transações correntes do país a 67 bilhões de dólares em 2013, ante 65 bilhões de dólares previstos anteriormente, resultado que não será compensado pelos investimentos produtivos vindos de fora.
Segundo o BC, os investimentos estrangeiros diretos (IED) devem fechar o ano em 65 bilhões de dólares, mesma estimativa anterior. Se confirmado, será a primeira vez desde 2001 que os investimentos estrangeiros não serão suficientes para cobrir o déficit em transações correntes.
O aumento da estimativa do déficit em transações correntes se deve a previsão de que a balança comercial brasileira terá um superávit de 15 bilhões de dólares este ano, ante estimativa anterior de 17 bilhões de dólares.
No primeiro bimestre deste ano, a balança comercial acumula déficit de 5,314 bilhões de dólares, segundo dados do BC. O desempenho tem sido afetado pelo cenário externo conturbado, mas também pela contabilização atrasada de importação de gasolina pela Petrobras, o que deve gerar ainda mais déficits.
Para outras variáveis importantes das contas externas do país, o BC não mexeu em suas previsões para este ano. Ainda acredita que as remessas líquidas de lucros e dividendos somarão 30 bilhões de dólares em 2013 --cerca de 6 bilhões de dólares a mais do que o registrado no ano passado.
Os gastos líquidos com viagens internacionais deverão somar 16,3 bilhões de dólares em 2013, ante 15,6 bilhões de dólares registrados no ano passado.
Fevereiro
No mês passado, o Brasil registrou déficit em transações correntes de 6,625 bilhões de dólares, um pouco acima da expectativa do mercado, e quase a metade dos 11,371 bilhões de dólares vistos em janeiro. No entanto, quando comparado ao resultado de fevereiro de 2012 (-1,73 bilhão de dólares), o déficit do mês passado quase quadruplicou.
Mediana de 20 especialistas consultados pela Reuters indicava saldo negativo de 6,1 bilhões de dólares no mês passado.
No acumulado em 12 meses encerrados em fevereiro, o déficit em conta corrente ficou em 2,79 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
O rombo do mês, mais uma vez, não foi financiado pelos investimentos diretos, que somaram 3,814 bilhões de dólares no mês passado, um pouco acima do previsto pelos analistas consultados pela Reuters, cuja mediana somou 3,531 bilhões de dólares.
O rombo nas transações correntes --que incluem a importação e exportações de bens e serviços e as transferências unilaterais-- também foi impactado pelo aumento das remessas de lucros e dividendos, que somaram 2,174 bilhões de dólares no mês passado, ante 528 milhões de dólares no mesmo mês de 2012. Em janeiro, esses envios haviam somado 2,068 bilhões de dólares.
Os gastos líquidos de brasileiros no exterior com viagens, ainda segundo o BC, chegaram a 1,236 bilhão de dólares em fevereiro, com pequena alta sobre os gastos de 1,598 bilhão de dólares em janeiro e em linha com os gastos registrados no mesmo mês de 2012.
Brasília - Com o cenário para o comércio exterior do Brasil mais complicado, o Banco Central piorou sua projeção para o déficit em transações correntes do país a 67 bilhões de dólares em 2013, ante 65 bilhões de dólares previstos anteriormente, resultado que não será compensado pelos investimentos produtivos vindos de fora.
Segundo o BC, os investimentos estrangeiros diretos (IED) devem fechar o ano em 65 bilhões de dólares, mesma estimativa anterior. Se confirmado, será a primeira vez desde 2001 que os investimentos estrangeiros não serão suficientes para cobrir o déficit em transações correntes.
O aumento da estimativa do déficit em transações correntes se deve a previsão de que a balança comercial brasileira terá um superávit de 15 bilhões de dólares este ano, ante estimativa anterior de 17 bilhões de dólares.
No primeiro bimestre deste ano, a balança comercial acumula déficit de 5,314 bilhões de dólares, segundo dados do BC. O desempenho tem sido afetado pelo cenário externo conturbado, mas também pela contabilização atrasada de importação de gasolina pela Petrobras, o que deve gerar ainda mais déficits.
Para outras variáveis importantes das contas externas do país, o BC não mexeu em suas previsões para este ano. Ainda acredita que as remessas líquidas de lucros e dividendos somarão 30 bilhões de dólares em 2013 --cerca de 6 bilhões de dólares a mais do que o registrado no ano passado.
Os gastos líquidos com viagens internacionais deverão somar 16,3 bilhões de dólares em 2013, ante 15,6 bilhões de dólares registrados no ano passado.
Fevereiro
No mês passado, o Brasil registrou déficit em transações correntes de 6,625 bilhões de dólares, um pouco acima da expectativa do mercado, e quase a metade dos 11,371 bilhões de dólares vistos em janeiro. No entanto, quando comparado ao resultado de fevereiro de 2012 (-1,73 bilhão de dólares), o déficit do mês passado quase quadruplicou.
Mediana de 20 especialistas consultados pela Reuters indicava saldo negativo de 6,1 bilhões de dólares no mês passado.
No acumulado em 12 meses encerrados em fevereiro, o déficit em conta corrente ficou em 2,79 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
O rombo do mês, mais uma vez, não foi financiado pelos investimentos diretos, que somaram 3,814 bilhões de dólares no mês passado, um pouco acima do previsto pelos analistas consultados pela Reuters, cuja mediana somou 3,531 bilhões de dólares.
O rombo nas transações correntes --que incluem a importação e exportações de bens e serviços e as transferências unilaterais-- também foi impactado pelo aumento das remessas de lucros e dividendos, que somaram 2,174 bilhões de dólares no mês passado, ante 528 milhões de dólares no mesmo mês de 2012. Em janeiro, esses envios haviam somado 2,068 bilhões de dólares.
Os gastos líquidos de brasileiros no exterior com viagens, ainda segundo o BC, chegaram a 1,236 bilhão de dólares em fevereiro, com pequena alta sobre os gastos de 1,598 bilhão de dólares em janeiro e em linha com os gastos registrados no mesmo mês de 2012.