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BC tem perda de R$ 89,7 bilhões com swaps em 2015

O Banco Central perdeu 89,7 bilhões de reais com suas intervenções no mercado de câmbio por meio de swaps cambiais, segundo contas da autoridade

Dólares: trata-se da maior perda anual na série histórica (Andrew Harrer/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2016 às 16h25.

São Paulo - O Banco Central apresentou perda de 89,7 bilhões de reais com suas intervenções no mercado de câmbio por meio de swaps cambiais, segundo contas da autoridade monetária pelo regime de caixa divulgadas nesta quarta-feira.

Trata-se da maior perda anual na série histórica, que tem início em 2003. Pelo critério de competência, as perdas com os contratos, equivalentes a venda futura de dólares, somaram 102,6 bilhões de reais.

De maneira geral, o BC tem perdas com os swaps quando o dólar avança em relação ao real. Em 2015, a moeda norte-americana avançou 48,5 por cento, a maior apreciação em 13 anos.

Esse custo pesa sobre a dívida bruta do governo brasileiro, métrica que ganhou importância no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff e é acompanhada de perto pelas agências de classificação de risco.

No caso da dívida líquida, porém, os gastos são compensados pela valorização das reservas internacionais, que acompanham a trajetória da moeda norte-americana.

Em 2015, o resultado líquido das reservas internacionais --que desconta os custos de captação-- somou 260 bilhões de reais, o maior resultado para a série histórica, que vai até 2008.

Com isso, as operações cambiais do BC resultaram em ganho de 157,3 bilhões de reais no ano passado, também recorde no período.

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Trata-se da maior perda anual na série histórica, que tem início em 2003. Pelo critério de competência, as perdas com os contratos, equivalentes a venda futura de dólares, somaram 102,6 bilhões de reais.

De maneira geral, o BC tem perdas com os swaps quando o dólar avança em relação ao real. Em 2015, a moeda norte-americana avançou 48,5 por cento, a maior apreciação em 13 anos.

Esse custo pesa sobre a dívida bruta do governo brasileiro, métrica que ganhou importância no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff e é acompanhada de perto pelas agências de classificação de risco.

No caso da dívida líquida, porém, os gastos são compensados pela valorização das reservas internacionais, que acompanham a trajetória da moeda norte-americana.

Em 2015, o resultado líquido das reservas internacionais --que desconta os custos de captação-- somou 260 bilhões de reais, o maior resultado para a série histórica, que vai até 2008.

Com isso, as operações cambiais do BC resultaram em ganho de 157,3 bilhões de reais no ano passado, também recorde no período.

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