Economia

BC tem mais espaço para atuar no mercado de câmbio, diz Ilan

Presidente do Banco Central repetiu, durante evento em São Paulo, que o regime de câmbio flutuante "é a primeira linha de defesa contra choques externos"

Ilan Goldfajn: ele garantiu que o regime de câmbio flutuante não impede o BC de usar instrumentos "para garantir o bom funcionamento e suavizar choques no mercado de câmbio" (Andressa Anholete/Getty Images)

Ilan Goldfajn: ele garantiu que o regime de câmbio flutuante não impede o BC de usar instrumentos "para garantir o bom funcionamento e suavizar choques no mercado de câmbio" (Andressa Anholete/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 30 de junho de 2017 às 10h20.

Última atualização em 30 de junho de 2017 às 11h09.

São Paulo - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira que a autoridade monetária tem mais espaço para atuação no mercado de câmbio diante do baixo estoque de swaps cambiais tradicionais, equivalente a cerca de 28 bilhões de dólares.

Ilan repetiu, durante evento em São Paulo, que o regime de câmbio flutuante "é a primeira linha de defesa contra choques externos", mas que isso não impede o BC de usar seus instrumentos "para garantir o bom funcionamento e suavizar choques no mercado de câmbio".

O presidente do BC acrescentou que, diante do cenário de inflação e de expectativas para os preços mais baixas, a autoridade monetária pode "se concentrar em evitar possíveis efeitos secundários de ajustes de preços relativos que possam ocorrer ao longo do tempo, não reagindo aos efeitos primários desses choques".

Ilan, em sua apresentação, não fez comentários sobre a política monetária no curto prazo, mas voltou a repetir que o andamento das reformas, sobretudo a da Previdência, é essencial para a economia.

Ele repetiu ainda que a adoção de metas de inflação mais longas é importante para gerar inflação mais baixa "de forma gradual e consistente", reduzindo os riscos.

Na véspera, como esforço para mostrar a continuidade de uma política econômica mais austera, o governo estabeleceu metas de inflação mais baixas para 2019 e 2020, de 4,25 e 4 por cento pelo IPCA respectivamente. Nos dois casos, a tolerância ficou em 1,5 ponto percentual para mais ou menos. [nL1N1JQ0OC]

Uma meta mais baixa para 2019 já era amplamente esperada pelo mercado em função do comportamento favorável da inflação nos últimos meses e das expectativas abaixo do centro da meta para 2017 e 2018. A novidade veio na forma da decisão de estender o horizonte da política monetária a três anos, ao invés de dois anos, estabelecendo um objetivo também para 2020.

Para 2017 e 2018, a meta é de 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioIlan GoldfajnMoedas

Mais de Economia

Conta de luz vai aumentar em julho após Aneel acionar bandeira amarela; veja valores

Inflação nos EUA cai ligeiramente em maio a 2,6% interanual, segundo índice PCE

Desemprego cai para 7,1% em maio, menor taxa para o mês desde 2014

Plano Real, 30 anos: Gustavo Franco e o combate à doença da hiperinflação

Mais na Exame