BC prevê alta de 3,6% nas tarifas públicas em 2010
Brasília - A previsão oficial do Banco Central (BC) para a alta dos preços administrados em 2010 recuou em relação à estimativa anterior, informada em março. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje, a previsão para este ano passou de alta de 4% para aumento de 3,6% nas tarifas públicas. O quadro […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Brasília - A previsão oficial do Banco Central (BC) para a alta dos preços administrados em 2010 recuou em relação à estimativa anterior, informada em março. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje, a previsão para este ano passou de alta de 4% para aumento de 3,6% nas tarifas públicas.
O quadro projetado pelo BC prevê estabilidade nos preços da gasolina e do gás de bujão, além de aumentos de 1,5% nas tarifas de eletricidade e de 1,6% na telefonia fixa. Para 2011, o BC projeta agora alta de 4,4% nas tarifas públicas, ante os 4,3% estimados anteriormente. A expectativa para os preços administrados em 2012 ficou inalterada, em alta de 4,5%.
Meta de inflação
Segundo informou o BC, a chance de a inflação superar o teto da meta estabelecida em 2010, de 6,5%, diminuiu. Conforme o documento, a chance de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) superar os 6,5% é, atualmente, de 12%. Em março, a chance era de 13%. Para 2011, essa probabilidade de estouro da meta de inflação está atualmente em torno de 17% - mesmo índice observado em março.
Para o BC, os riscos relacionados à inflação continuam "concentrados no âmbito interno". "O balanço de riscos relacionados às perspectivas de inflação evoluiu desfavoravelmente desde a divulgação do último Relatório, e o Comitê avalia que os riscos para a concretização de um cenário inflacionário benigno estão concentrados no âmbito interno", citou o documento.
Um dos focos de atenção vem do uso da capacidade de produção da economia. O texto cita a "possibilidade de que os valores efetivos e prospectivos da inflação permaneçam, de forma persistente, em níveis acima ou até mesmo se distanciem da meta, em virtude da crescente utilização dos fatores de produção e/ou da expansão da demanda".