Economia

BC não limitará ações por impactos fiscais, diz Tombini

O presidente do BC ressaltou que a determinação do BC contribui favoravelmente para a queda das taxas de juros de longo prazo


	Alexandre Tombini: "Nesse sentido, desequilíbrios fiscais devem ser, e estão sendo, corrigidos por medidas fiscais."
 (REUTERS/Sergio Moraes)

Alexandre Tombini: "Nesse sentido, desequilíbrios fiscais devem ser, e estão sendo, corrigidos por medidas fiscais." (REUTERS/Sergio Moraes)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 15h22.

São Paulo - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta quinta-feira, 10, que a autoridade monetária "não limitará as suas decisões pelos possíveis impactos fiscais de suas decisões".

Em almoço de fim de ano da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), ele reforçou que o BC tem conduzido sua política monetária de forma autônoma e continuará a fazê-lo para trazer a inflação de volta à meta.

Tombini explicou que o modelo institucional brasileiro prevê plena separação entre as funções vinculadas às políticas monetária e fiscal, além de garantir os instrumentos para que a autoridade monetária possa cumprir com independência sua missão.

"Nesse sentido, desequilíbrios fiscais devem ser, e estão sendo, corrigidos por medidas fiscais."

O presidente do BC ressaltou que a determinação do BC contribui favoravelmente para a queda das taxas de juros de longo prazo, ao ancorar as expectativas de inflação, concorrendo assim para reduzir, e não ampliar, o custo do gerenciamento da dívida pública.

"É importante salientar que o Banco Central detém os instrumentos necessários para fazer com que sua determinação e perseverança se traduzam em redução da inflação. Em outras palavras, os mecanismos de transmissão de política monetária estão e continuarão operantes."

Acompanhe tudo sobre:Alexandre TombiniBanco CentralBancosEconomistasFebrabanMercado financeiroPersonalidades

Mais de Economia

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor

Opinião: nem as SAFs escapam da reforma tributária

Lula diz que governo e Congresso não gostam de cortes, mas que medidas são importantes