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"BC erra foco ao flexibilizar superávit", diz Gustavo Franco

Ex-presidente do Banco Central afirmou que é "frontalmente contra" a avaliação do BC de que superávit primário elevado é dispensável

Gustavo Franco: "mercado de capitais pode ser sufocado" (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 15h21.

São Paulo - O Banco Central divulgou, nesta segunda-feira, seu relatório trimestral de inflação. Um dos pontos que chamaram a atenção é a afirmação do BC de que o Brasil já não precisa de um superávit primário de "grande magnitude". Para o ex-presidente do BC Gustavo Franco, a posição "é uma imensa perda de foco do BC."

Franco participou, nesta segunda-feira, do EXAME Fórum Como aumentar Nossa Produtividade, que está sendo realizado em São Paulo.

Segundo Franco, "a frase, em si, é chocante", embora ele afirme que é necessário ler todo o relatório para entender o contexto da declaração. Em todo o caso, Segundo o BC, a manutenção de um grande superávit era justificável, apenas, na época em que havia dúvidas quanto à capacidade do governo brasileiro de honrar suas dívidas.

Agora, esse superávit poderia ser menor.

Para Franco, o risco é o governo optar por rolar dívidas, competindo com outras modalidades de papéis privados. O motivo é simples: um investidor terá, à disposição, mais títulos de renda fixa da dívida brasileira, versus ações e títulos de dívida de empresas privadas, entre outras opções. "Isso pode sufocar o mercado de capitais", afirma.

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Franco participou, nesta segunda-feira, do EXAME Fórum Como aumentar Nossa Produtividade, que está sendo realizado em São Paulo.

Segundo Franco, "a frase, em si, é chocante", embora ele afirme que é necessário ler todo o relatório para entender o contexto da declaração. Em todo o caso, Segundo o BC, a manutenção de um grande superávit era justificável, apenas, na época em que havia dúvidas quanto à capacidade do governo brasileiro de honrar suas dívidas.

Agora, esse superávit poderia ser menor.

Para Franco, o risco é o governo optar por rolar dívidas, competindo com outras modalidades de papéis privados. O motivo é simples: um investidor terá, à disposição, mais títulos de renda fixa da dívida brasileira, versus ações e títulos de dívida de empresas privadas, entre outras opções. "Isso pode sufocar o mercado de capitais", afirma.

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