BC do Japão deixa porta aberta para acalmar mercados
Kuroda afirmou que o BC irá avaliar tomar novas ações para acalmar os mercados caso os custos de empréstimo disparem novamente no futur
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2013 às 09h38.
Tóquio - O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, afirmou que o BC irá avaliar tomar novas ações para acalmar os mercados caso os custos de empréstimo disparem novamente no futuro, mas a autoridade monetária não adotou medidas nesta terça-feira, argumentando que os mercados de títulos se estabilizaram.
A decisão decepcionou alguns investidores, levando a uma recuperação do iene e a uma queda das ações em Tóquio e nos títulos do governo japonês --ações que contrariam os objetivos do mix de política agressiva do primeiro-ministro Shinzo Abe.
O aumento dos yields no mercado de títulos já alavancaram alguns taxas hipotecárias, levantando preocupações de que mais altas podem elevar outros custos de empréstimo e prejudicar a nova dinâmica da economia sob Abe.
"Nós continuamos vigilantes com os movimentos das taxas de juros de longo prazo. É indesejável que a volatilidade aumente, portanto faremos esforços para reduzi-la", disse Kuroda em entrevista.
O BC não alterou a política monetária, como era amplamente esperado, mantendo, portanto, a promessa feita em 4 de abril de expandir a oferta de dinheiro a um ritmo anual de 60 trilhões de ienes (605 bilhões de dólares) a 70 trilhões de ienes numa tentativa de dar um fim a anos de deflação, com uma inflação de 2 por cento em dois anos.
O BC melhorou sua avaliação oficial da economia --outra razão que pode explicar a falta de ação sobre medidas para acalmar os mercados. Dados na segunda-feira mostraram que o crescimento econômico foi mais rápido do que o inicialmente pensado, que o superávit da conta corrente está crescendo rapidamente e que os empréstimos estão subindo.
"A economia do Japão está se acelerando", afirmou o BC em comunicado, mais otimista do que no mês passado, quando disse que o crescimento estava começando a acelerar. O BC também melhorou sua avaliação sobre as exportações e a produção e disse que ambos estão se recuperando devido à recuperação gradual do crescimento global e aos benefícios do iene desvalorizado.
Algumas autoridades do BC consideraram a ideia de ampliar a duração máxima dos fundos baratos e de taxa fixa oferecidos pelo BC em operações de mercado para dois anos, ante um ano atualmente.
Tal ação facilitaria que os bancos que foram prejudicados pelo aumento dos yields dos títulos japoneses no mês passado a protejam portfólios ao reduzir a necessidade de vender títulos para equilibrar suas carteiras, potencialmente diminuindo reviravoltas no mercado.
"A decisão de hoje pode refletir a postura de Kuroda de não tomar ação adicional em resposta a movimentos diários de mercado", disse o economista-chefe do Instituto de Pesquisa Dai-ichi em Tóquio, Hideo Kumano.
"Ele também pode ter pensado que não há necessidade de ficar muito nervoso com a volatilidade do mercado, esperando determinar mais o efeito do programa de compra de títulos do BC por enquanto."
Tóquio - O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, afirmou que o BC irá avaliar tomar novas ações para acalmar os mercados caso os custos de empréstimo disparem novamente no futuro, mas a autoridade monetária não adotou medidas nesta terça-feira, argumentando que os mercados de títulos se estabilizaram.
A decisão decepcionou alguns investidores, levando a uma recuperação do iene e a uma queda das ações em Tóquio e nos títulos do governo japonês --ações que contrariam os objetivos do mix de política agressiva do primeiro-ministro Shinzo Abe.
O aumento dos yields no mercado de títulos já alavancaram alguns taxas hipotecárias, levantando preocupações de que mais altas podem elevar outros custos de empréstimo e prejudicar a nova dinâmica da economia sob Abe.
"Nós continuamos vigilantes com os movimentos das taxas de juros de longo prazo. É indesejável que a volatilidade aumente, portanto faremos esforços para reduzi-la", disse Kuroda em entrevista.
O BC não alterou a política monetária, como era amplamente esperado, mantendo, portanto, a promessa feita em 4 de abril de expandir a oferta de dinheiro a um ritmo anual de 60 trilhões de ienes (605 bilhões de dólares) a 70 trilhões de ienes numa tentativa de dar um fim a anos de deflação, com uma inflação de 2 por cento em dois anos.
O BC melhorou sua avaliação oficial da economia --outra razão que pode explicar a falta de ação sobre medidas para acalmar os mercados. Dados na segunda-feira mostraram que o crescimento econômico foi mais rápido do que o inicialmente pensado, que o superávit da conta corrente está crescendo rapidamente e que os empréstimos estão subindo.
"A economia do Japão está se acelerando", afirmou o BC em comunicado, mais otimista do que no mês passado, quando disse que o crescimento estava começando a acelerar. O BC também melhorou sua avaliação sobre as exportações e a produção e disse que ambos estão se recuperando devido à recuperação gradual do crescimento global e aos benefícios do iene desvalorizado.
Algumas autoridades do BC consideraram a ideia de ampliar a duração máxima dos fundos baratos e de taxa fixa oferecidos pelo BC em operações de mercado para dois anos, ante um ano atualmente.
Tal ação facilitaria que os bancos que foram prejudicados pelo aumento dos yields dos títulos japoneses no mês passado a protejam portfólios ao reduzir a necessidade de vender títulos para equilibrar suas carteiras, potencialmente diminuindo reviravoltas no mercado.
"A decisão de hoje pode refletir a postura de Kuroda de não tomar ação adicional em resposta a movimentos diários de mercado", disse o economista-chefe do Instituto de Pesquisa Dai-ichi em Tóquio, Hideo Kumano.
"Ele também pode ter pensado que não há necessidade de ficar muito nervoso com a volatilidade do mercado, esperando determinar mais o efeito do programa de compra de títulos do BC por enquanto."