Economia

BC do Japão decidiu afrouxar política para recuperação

Os formuladores de política do BC concordaram que a economia está gradualmente avançando para uma recuperação com a expectativa de que os preços ao consumidor subam

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2012 às 08h16.

Tóquio - Os formuladores de política do Banco do Japão (banco central) concordaram em afrouxar a política monetária em abril para garantir que a economia retome a recuperação, mas sinalizaram uma pausa ao reclamar de "equívocos" nos mercados, que teriam entendido que eles continuarão oferecendo estímulo monetário automaticamente até que uma inflação de 1 por cento esteja próxima, mostrou a ata da reunião.

Na reunião de 27 de abril, o BC ampliou as compras de ativos em 10 trilhões de ienes (126 bilhões de dólares), oferecendo seu segundo estímulo em pouco mais de dois meses em uma demonstração de sua determinação para alcançar a meta de inflação de 1 por cento determinada em fevereiro.

Os formuladores de política do BC concordaram que a economia do Japão está gradualmente avançando para uma recuperação com a expectativa de que os preços ao consumidor subam como uma tendência, mostrou a ata da reunião divulgada nesta segunda-feira.

Mas eles decidiram agir para garantir que tal momento positivo na economia seja sustentado dadas as várias incertezas, como a chance de a tensão com a crise da dívida soberana da Europa provocar uma nova ata do iene, mostrou a ata.

"Membros compartilham a ideia de que as incertezas sobre as economias doméstica e internacional são altas, especialmente o efeito de desenvolvimentos internacionais incluindo de mercados financeiros e de commodities", mostrou a ata.

O afrouxamento monetário de abril seguiu-se a outro em fevereiro, quando o banco central determinou a meta de inflação de 1 por cento e ampliou seu programa de compras de ativos em 10 trilhões de ienes.

O BC adotou as medidas apesar de sinais de uma recuperação econômica e as justificou dizendo que elas têm o objetivo de mostrar sua determinação em derrotar a deflação, alimentando expectativas do mercado de que continuará a afrouxar esporadicamente até que a inflação de 1 por cento esteja próxima.

Em um sinal de irritação, alguns membros do Conselho disseram que apesar de "várias especulações" no mercado, o BC tem que guiar a política à luz de seu objetivo de alcançar um crescimento econômico sustentável acompanhado de preços estáveis.

"Membros destacaram algum equívoco de que o BC continuará a elevar o tamanho de seu programa de compra de ativos automaticamente até que julgue que a inflação de 1 por cento esteja próxima", mostrou a ata.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrise econômicaCrises em empresasJapãoPaíses ricosPolítica monetária

Mais de Economia

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Fazenda mantém projeção do PIB de 2024 em 2,5%; expectativa para inflação sobe para 3,9%

Mais na Exame