Economia

BC buscará viabilizar cenário de inflação mais benigno

Alexandre Tombini, disse nesta quinta-feira que o BC fará "o que for necessário" para viabilizar um cenário de inflação mais benigno em 2015 e 2016


	Presidente BC, Alexandre Tombini: Tombini reafirmou os prognósticos que aparecem na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária
 (Valter Campanato/ABr)

Presidente BC, Alexandre Tombini: Tombini reafirmou os prognósticos que aparecem na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2014 às 14h17.

São Paulo - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta quinta-feira que o BC fará "o que for necessário" para viabilizar um cenário de inflação mais benigno no período de 2015 e 2016.

Em almoço de fim de ano da associação dos bancos, Febraban, Tombini reafirmou os prognósticos que aparecem na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta manhã, e por ele mesmo em audiência no Congresso na última terça-feira.

Segundo essas projeções, a inflação seguirá alta nos próximos meses mas ainda em 2015 iniciará um longo período de declínio.

Tombini voltou a dizer que a política monetária restritiva é um eficiente instrumento no controle dos preços, acrescentando que uma política fiscal é um complemento a esse trabalho.

"Diversos fatores apoiam esse meu entendimento a respeito da trajetória futura da inflação. O mais importante deles, naturalmente, são os efeitos cumulativos e defasados das ações de política monetária adotadas pelo BC."

"Essa força preponderante tende a ser complementada por forças auxiliares, como uma política fiscal contida e iniciativas no sentido de moderar concessões de subsídios por intermédio de operações de crédito", complementou Tombini.

Em relação às contas externas, ele ressaltou que as perspectivas para 2015 são favoráveis, sustentadas por maior crescimento mundial, depreciação do real e ampliação da produção interna de petróleo.

"No próximo ano, o balanço de pagamentos brasileiro permanecerá integralmente financiado pelos fluxos de capitais de longo prazo, principalmente IED (Investimento Estrangeiro Direto)."

De janeiro a outubro, a conta corrente do balanço de pagamentos acumula déficit de 70,697 bilhões de dólares e a estimativa do BC é que encerrará o ano com saldo negativo de 80 bilhões de dólares.

Atualizado às 15h17.

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