Economia

BC britânico tem 1ª divisão sobre juros desde julho de 2016

Kristin Forbes, membro que deve deixar o Banco da Inglaterra em junho, votou inesperadamente pela elevação dos juros para 0,5 por cento

Banco da Inglaterra: membros do Comitê de Política Monetária sinalizaram que podem votar pela alta de juros em breve (Bloomberg/Bloomberg)

Banco da Inglaterra: membros do Comitê de Política Monetária sinalizaram que podem votar pela alta de juros em breve (Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 16 de março de 2017 às 09h29.

Última atualização em 16 de março de 2017 às 09h48.

Londres - Um dos membros votantes do banco central britânico votou inesperadamente pela alta dos juros e alguns dos que decidiram pela manutenção na mínima de 0,25 por cento consideraram que não será preciso muito para que sigam o exemplo, disse o Banco da Inglaterra.

Kristin Forbes, que deve deixar o Banco da Inglaterra em junho, foi a única a votar pela elevação dos juros para 0,5 por cento, representando a primeira divisão dentro do Comitê de Política Monetária desde julho do ano passado.

Os outros oito membros do Comitê optaram por manter os juros em 0,25 por cento, sinalizando que não há pressa imediata por parte do banco central britânico para imitar o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que elevou os juros na quarta-feira pela terceira vez desde a crise financeira global.

Os economistas que participaram de uma pesquisa da Reuters esperavam que os nove membros votassem pela manutenção dos juros.

O Banco da Inglaterra projeta que a economia britânica cresça 2,0 por cento neste ano, depois de resistir ao choque do Brexit em 2016, mas que depois ela desacelere devido à incerteza sobre a saída do país da União Europeia.

A maioria dos economistas prevê que o Banco da Inglaterra deixará os juros inalterados até 2019, no mínimo.

Os nove membros do Comitê votaram unanimemente para não alterar o programa de estímulo de compra de títulos, mantido em 435 bilhões de libras, em linha com as expectativas da pesquisa da Reuters.

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