Economia

BC: 27% das moedas emitidas desde o Real não circulam

Há 5,134 bilhões de moedas fora de circulação. Isso quer dizer que brasileiros têm R$ 508,3 milhões depositados em cofres ou perdidos no fundo das gavetas

O principal vilão das moedas que sumiram aparentemente é o pacato cofrinho (SXC.hu)

O principal vilão das moedas que sumiram aparentemente é o pacato cofrinho (SXC.hu)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2012 às 16h54.

Brasília - A cada quatro moedas emitidas pela Casa da Moeda desde o início do Plano Real, uma deixou de circular. Pesquisa inédita do Banco Central mostra que atualmente 27% do dinheiro brasileiro em metal está parado: há 5,134 bilhões de moedas fora de circulação. Isso quer dizer que brasileiros têm R$ 508,3 milhões depositados em cofres ou perdidos no fundo das gavetas ou no canto do sofá.

"Os números são impressionantes", diz o diretor de Administração do Banco Central, Altamir Lopes, ao apresentar a pesquisa. Se o BC quisesse emitir todas os mais de 5 bilhões de moedas que deixaram de circular, o Brasil teria de gastar R$ 1,1 bilhão para produzi-las. "Isso é significativo para o País e o custo é pago pela sociedade", disse.

Altamir explica que aproximadamente 5% de todas as moedas produzidas anualmente saem de circulação porque estacionam depositadas em porquinhos ou simplesmente porque foram esquecidas. Nos Estados Unidos, a taxa do chamado "entesouramento" das moedas é parecido. No México, o número é maior: 10%.

O principal vilão das moedas que sumiram aparentemente é o pacato cofrinho. Mas, apesar disso, Altamir não quis comprar briga com os porquinhos. "O cofrinho é um instrumento importantíssimo para a educação financeira, é uma das primeiras noções econômicas para passar aos filhos. Mas também é importante que os pais passem o dinheiro para o banco e depositem de tempos em tempos", sugere o diretor do BC.

"Porque a moeda em cofrinho não rende nada. Se estiver na poupança, significa que o poder de compra da moeda será preservado e ainda há um rendimento", diz. "No cofrinho, não rende nada".

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