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Barclays projeta crescimento de 3% no Brasil em 2013

“O mercado não está questionando hoje se vai subir juros ou não, mas se há a liberdade para subir juros”, disse Marcelo Salomon

Barclays projeta crescimento de 3% no PIB brasileiro (Andrew Kelly/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 10h56.

São Paulo – O Brasil passa por um processo de aceleração do crescimento da economia muito tênue, que poderá ser mais visto nos próximos meses, segundo Marcelo Salomon, co-chefe de economia e estratégia para América Latina do Barclays . A projeção do banco para o crescimento do PIB em 2013 é de 3%.

Essa é, aproximadamente, a mesma projeção feita no começo de 2012 para o ano passado – e que foi abandonada ao longo do ano, por bancos e pelo governo, o Barclays, por exemplo, agora, espera um crescimento de 0,9% na economia em 2012.

O que deve fazer o número se concretizar agora, segundo Salomon, são os estímulos que o governo colocou em curso e um ativismo menor nesse ano. “A recuperação da margem já está acontecendo”, disse Guilherme Loureiro, economista e estrategista do Brasil do Barclays. A expectativa do banco para o crescimento no primeiro trimestre é de 0,7%. “Será um crescimento gradual”, disse Loureiro.

“Trabalhamos com uma recuperação fraca no Brasil”, disse Loureiro. A expectativa de crescimento para o 4º trimestre de 2012 é de 0,4%.

Juros

“O mercado não está questionando hoje se vai subir juros ou não, mas se há a liberdade para subir juros”, disse Salomon. O Brasil está passando por um momento de reconstrução de credibilidade do Banco Central, segundo Salomon e, se for preciso subir os juros, eles irão subir.

“Acho importante o governo sinalizar que há um programa de médio e longo prazo que ele está perseguindo, não uma agenda de tão curto prazo tratando de problemas tão imediatos”, afirmou.
A projeção do Barclays é de manutenção da Selic em 7,25% em 2013. Dependendo do comportamento da inflação (projetada em 5,5% no ano), pode ocorrer um corte entre 1 e 1,5 ponto percentual.

A projeção de inflação do banco para 2013 leva em consideração a desoneração da cesta básica.
Investimentos

“Em decorrência da incerteza de investimentos, o setor público não consegue puxar o investimento para cima e o setor privado está acuado”, disse Salomon. Desde o final de 2010 até agora, o Barclays já contou 42 medidas do governo no campo do protecionismo, ativismo no câmbio ou intervencionismo.

Para o Barclays, é necessário haver uma desoneração mais ampla, menos intervencionista. “O problema é quando você começa a escolher quais os setores que vão ser beneficiados, não necessariamente você consegue aumentar a produtividade da economia”, disse Salomon.

Para Salomon, diminuir o custo de energia elétrica, por exemplo, é essencial, o problema é que isso foi feito as custas de rentabilidade de um investimento que já havia sido feito e gerou uma expectativa no mercado de qual será o próximo setor prejudicado.

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São Paulo – O Brasil passa por um processo de aceleração do crescimento da economia muito tênue, que poderá ser mais visto nos próximos meses, segundo Marcelo Salomon, co-chefe de economia e estratégia para América Latina do Barclays . A projeção do banco para o crescimento do PIB em 2013 é de 3%.

Essa é, aproximadamente, a mesma projeção feita no começo de 2012 para o ano passado – e que foi abandonada ao longo do ano, por bancos e pelo governo, o Barclays, por exemplo, agora, espera um crescimento de 0,9% na economia em 2012.

O que deve fazer o número se concretizar agora, segundo Salomon, são os estímulos que o governo colocou em curso e um ativismo menor nesse ano. “A recuperação da margem já está acontecendo”, disse Guilherme Loureiro, economista e estrategista do Brasil do Barclays. A expectativa do banco para o crescimento no primeiro trimestre é de 0,7%. “Será um crescimento gradual”, disse Loureiro.

“Trabalhamos com uma recuperação fraca no Brasil”, disse Loureiro. A expectativa de crescimento para o 4º trimestre de 2012 é de 0,4%.

Juros

“O mercado não está questionando hoje se vai subir juros ou não, mas se há a liberdade para subir juros”, disse Salomon. O Brasil está passando por um momento de reconstrução de credibilidade do Banco Central, segundo Salomon e, se for preciso subir os juros, eles irão subir.

“Acho importante o governo sinalizar que há um programa de médio e longo prazo que ele está perseguindo, não uma agenda de tão curto prazo tratando de problemas tão imediatos”, afirmou.
A projeção do Barclays é de manutenção da Selic em 7,25% em 2013. Dependendo do comportamento da inflação (projetada em 5,5% no ano), pode ocorrer um corte entre 1 e 1,5 ponto percentual.

A projeção de inflação do banco para 2013 leva em consideração a desoneração da cesta básica.
Investimentos

“Em decorrência da incerteza de investimentos, o setor público não consegue puxar o investimento para cima e o setor privado está acuado”, disse Salomon. Desde o final de 2010 até agora, o Barclays já contou 42 medidas do governo no campo do protecionismo, ativismo no câmbio ou intervencionismo.

Para o Barclays, é necessário haver uma desoneração mais ampla, menos intervencionista. “O problema é quando você começa a escolher quais os setores que vão ser beneficiados, não necessariamente você consegue aumentar a produtividade da economia”, disse Salomon.

Para Salomon, diminuir o custo de energia elétrica, por exemplo, é essencial, o problema é que isso foi feito as custas de rentabilidade de um investimento que já havia sido feito e gerou uma expectativa no mercado de qual será o próximo setor prejudicado.

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