Economia

Bancos europeus precisaram de € 200 bi para recapitalização

A Autoridade Bancária Europeia submeteu 71 bancos europeus à recapitalização, sendo que 27 necessitavam aumentar sua capitalização


	BBVA:  Santander, BBVA e Caixabank "não necessitam de mais capital em nenhum contexto", informou a autoridade
 (Josep Lago/AFP)

BBVA:  Santander, BBVA e Caixabank "não necessitam de mais capital em nenhum contexto", informou a autoridade (Josep Lago/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2012 às 13h29.

Londres - Os bancos europeus se recapitalizaram com mais de 200 bilhões de euros entre dezembro de 2011 e junho de 2012, segundo a avaliação final anunciada nesta quarta-feira pela Autoridade Bancária Europeia (ABE).

Em relação aos bancos espanhóis, a ABE detalha, em linha com a auditoria da empresa Oliver Wyman, que os espanhóis Santander, BBVA e Caixabank "não necessitam de mais capital em nenhum contexto", enquanto o Bankia requer os 24,743 bilhões de euros já identificados.

O Banco Popular, que registrou um déficit de 3,223 bilhões de euros segundo essa consultoria, cumpre amplamente os requisitos de recapitalização da ABE, de acordo com o organismo.

No total, a Autoridade Bancária Europeia submeteu a este exercício de recapitalização 71 bancos europeus, dos quais, tirando os gregos e espanhóis submetidos a reestruturações particulares, 27 necessitavam aumentar sua capitalização.

 "Os bancos europeus fizeram progressos significativos para melhorar suas posições de capital e fortalecer a resistência em termos gerais do sistema bancário europeu", declarou hoje o presidente da ABE, Andrea Enria.


Com este exercício de recapitalização, iniciado em dezembro de 2011 a fim de gerar reservas frente à crise de dívida soberana, e as ajudas oferecidas pela União Europeia (UE), "foram injetados mais de 200 bilhões de euros no sistema bancário europeu", afirmou.

Esta recapitalização foi efetuada mediante a retenção de receitas, a gestão de ativos de risco e nova emissão de bônus, e não representou uma "redução significativa" da concessão de empréstimos às empresas e particulares, segundo a ABE.

Enria reconheceu que os bancos estão agora "em melhor forma para financiar a economia real", mas "devem continuar pelo caminho que dispõe o novo marco regulador", já que o entorno "continua apresentando um desafio".

Neste sentido, o presidente da ABE anunciou que em breve pedirá aos bancos que apresentem planos de capital para assegurar uma fácil convergência à nova regulação europeia de requerimentos de capital, encaminhada a fortalecer o sistema financeiro. 

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