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Bancos elevam para 6,3% projeção de IPCA para 2014

Ata do Copom, segundo Febraban, trouxe mudanças importantes para a maioria dos consultados na pesquisa

Compras: ata do Copom levou os economistas a se dividirem sobre a trajetória das taxas de juros em 2014 (Patrick T. Fallon/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2014 às 19h01.

São Paulo - Os bancos elevaram a projeção de inflação pelo IPCA de 6% para 6,3% em 2014 e de 5,7% para 6% em 2015. É o que mostram as medianas de pesquisa que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) fez entre os dias 11 e 16 de abril com 28 instituições e divulgou nesta terça-feira, 22, em seu Informativo Semanal de Economia Bancária (Iseb). O levantamento foi feito após a apresentação da ata da reunião do Copom, no último dia 10.

"O Banco Central (BC) destaca que a pressão inflacionária recente advém dos alimentos in natura e deve ser temporária. Contudo, a maioria dos economistas acredita que mesmo um cenário de normalização de preços, como esperado pelo BC, não será suficiente para garantir uma trajetória descendente da inflação", destacam os economistas do Departamento Econômico da Febraban.

A ata do Copom, segundo a Febraban, trouxe mudanças importantes para a maioria dos consultados na pesquisa, o que levou os economistas a se dividirem sobre a trajetória das taxas de juros em 2014. A mediana da taxa Selic prevista para o final de 2014 subiu para 11,25% ao ano, de 11% ao ano na pesquisa anterior, com 58% dos economistas prevendo este novo resultado. Para 31%, a Selic encerrará 2014 em 11%, enquanto 11% esperam elevação da Selic para acima de 11,25% ao ano. Para 2015, a expectativa para a Selic avançou para 12% ao ano, de 11,25% na pesquisa anterior.

A taxa de câmbio esperada recuou para R$ 2,44 em 2014 e R$ 2,49 em 2015, de R$ 2,46 e R$ 2,55 anteriormente, respectivamente, refletindo os movimentos recentes do mercado. "Assim como o BC, a maioria dos economistas acredita que o câmbio se acomodou, mas sua volatilidade e o quadro internacional ainda tornam sua influência potencialmente inflacionária", afirmam os economistas da Febraban.

Simultaneamente à valorização cambial, as previsões para o superávit comercial caíram para US$ 5,6 bilhões em 2014 (de US$ 7,5 bilhões) e avançaram para U$ 15,9 bilhões para 2015 (de US$ 13,4 bilhões). Seguindo este movimento, o déficit em transações correntes previsto aumentou para U$S 75,4 bilhões em 2014, de US$ 72,7 bilhões anteriormente, recuando para US$ 70,4 bilhões em 2015.

Por outro lado, avaliam os economistas da Febraban, o Investimento Direto Estrangeiro (IED) esperado para 2014 avançou para US$ 57,2 bilhões, de US$ 55,9 bilhões, e deve manter-se marginalmente abaixo deste nível em 2015, em US$ 55,2 bilhões. As reservas internacionais devem avançar para US$ 376,4 bilhões em 2014 e US$ 379 bilhões em 2015.

O mesmo levantamento registrou uma ligeira redução na expectativa de crescimento para este ano, de 1,9% para 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Para o próximo ano, a expectativa é de um crescimento de 2,2%. As projeções fiscais apresentaram piora marginal para 2014 nessa pesquisa, com superávit primário previsto de 1,5%, ante 1,6% na pesquisa passada, melhorando para 2,1% em 2015.

A relação dívida líquida/PIB prevista avançou para 34,6% em 2014, de 34,5% na pesquisa anterior, e para 34,8% em 2015, de 34,7% anteriormente. O déficit nominal esperado para 2014 permaneceu em 3,7% e, de acordo com as projeções, avançou para 3,6% em 2015, de 3,5% na pesquisa anterior.

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São Paulo - Os bancos elevaram a projeção de inflação pelo IPCA de 6% para 6,3% em 2014 e de 5,7% para 6% em 2015. É o que mostram as medianas de pesquisa que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) fez entre os dias 11 e 16 de abril com 28 instituições e divulgou nesta terça-feira, 22, em seu Informativo Semanal de Economia Bancária (Iseb). O levantamento foi feito após a apresentação da ata da reunião do Copom, no último dia 10.

"O Banco Central (BC) destaca que a pressão inflacionária recente advém dos alimentos in natura e deve ser temporária. Contudo, a maioria dos economistas acredita que mesmo um cenário de normalização de preços, como esperado pelo BC, não será suficiente para garantir uma trajetória descendente da inflação", destacam os economistas do Departamento Econômico da Febraban.

A ata do Copom, segundo a Febraban, trouxe mudanças importantes para a maioria dos consultados na pesquisa, o que levou os economistas a se dividirem sobre a trajetória das taxas de juros em 2014. A mediana da taxa Selic prevista para o final de 2014 subiu para 11,25% ao ano, de 11% ao ano na pesquisa anterior, com 58% dos economistas prevendo este novo resultado. Para 31%, a Selic encerrará 2014 em 11%, enquanto 11% esperam elevação da Selic para acima de 11,25% ao ano. Para 2015, a expectativa para a Selic avançou para 12% ao ano, de 11,25% na pesquisa anterior.

A taxa de câmbio esperada recuou para R$ 2,44 em 2014 e R$ 2,49 em 2015, de R$ 2,46 e R$ 2,55 anteriormente, respectivamente, refletindo os movimentos recentes do mercado. "Assim como o BC, a maioria dos economistas acredita que o câmbio se acomodou, mas sua volatilidade e o quadro internacional ainda tornam sua influência potencialmente inflacionária", afirmam os economistas da Febraban.

Simultaneamente à valorização cambial, as previsões para o superávit comercial caíram para US$ 5,6 bilhões em 2014 (de US$ 7,5 bilhões) e avançaram para U$ 15,9 bilhões para 2015 (de US$ 13,4 bilhões). Seguindo este movimento, o déficit em transações correntes previsto aumentou para U$S 75,4 bilhões em 2014, de US$ 72,7 bilhões anteriormente, recuando para US$ 70,4 bilhões em 2015.

Por outro lado, avaliam os economistas da Febraban, o Investimento Direto Estrangeiro (IED) esperado para 2014 avançou para US$ 57,2 bilhões, de US$ 55,9 bilhões, e deve manter-se marginalmente abaixo deste nível em 2015, em US$ 55,2 bilhões. As reservas internacionais devem avançar para US$ 376,4 bilhões em 2014 e US$ 379 bilhões em 2015.

O mesmo levantamento registrou uma ligeira redução na expectativa de crescimento para este ano, de 1,9% para 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Para o próximo ano, a expectativa é de um crescimento de 2,2%. As projeções fiscais apresentaram piora marginal para 2014 nessa pesquisa, com superávit primário previsto de 1,5%, ante 1,6% na pesquisa passada, melhorando para 2,1% em 2015.

A relação dívida líquida/PIB prevista avançou para 34,6% em 2014, de 34,5% na pesquisa anterior, e para 34,8% em 2015, de 34,7% anteriormente. O déficit nominal esperado para 2014 permaneceu em 3,7% e, de acordo com as projeções, avançou para 3,6% em 2015, de 3,5% na pesquisa anterior.

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