Economia

Bancos argentinos oferecem garantia para superar impasse

Banco propuseram aportar uma garantia de US$ 250 milhões para desbloquear as negociações entre Buenos Aires e os fundos especulativos

Axel Kicillof, ministro da Economia da Argentina, após reunião com fundos especulativos, em Nova York (Shannon Stapleton/Reuters)

Axel Kicillof, ministro da Economia da Argentina, após reunião com fundos especulativos, em Nova York (Shannon Stapleton/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 22h50.

Buenos Aires - Os bancos privados argentinos propuseram nesta terça-feira aportar uma garantia de 250 milhões de dólares para desbloquear as negociações entre Buenos Aires e os fundos especulativos que se realizam em Nova York visando se evitar uma moratória, informou a imprensa local.

A medida foi aprovada pela Associação dos Bancos da Argentina (Adeba) e busca mostrar a vontade de pagamento do país, informaram os jornais Âmbito Financeiro e La Nación, após a confirmação de que o ministro da Economia, Axel Kicillof, viajou a Nova York para uma reunião crucial.

"Foi a ideia discutida nesta terça em uma reunião entre os representantes da Adeba, com o objetivo de ajudar o governo a desbloquear o conflito com os "holdouts", enquanto ocorre, em Nova York, a audiência com o mediador Daniel Pollack", informou o Âmbito Financeiro.

A proposta dos bancos argentinos quer mostrar ao juiz encarregado do caso, Thomas Griesa, que a Argentina pode acertar o pagamento aos fundos "holdouts", totalizando 1,33 bilhão de dólares, para depois de 2 de janeiro de 2015, com a retomada da medida cautelar para resolver o conflito.

O governo argentino tem até quarta-feira, dia 30 de julho, para chegar a um acordo com os fundos "holdouts", que obtiveram a sentença favorável do juiz Griesa para receber ao mesmo tempo que os credores que renegociaram a dívida em 2005 e 2010.

A ideia é o juiz suspender a aplicação de sua decisão até 1º de janeiro de 2015, prazo em que expira a cláusula Rufo, ou, de forma alternativa, por 90 dias, para que a Argentina possa obter uma isenção da cláusula.

A Rufo obriga o país a equiparar credores que aceitaram as propostas de reestruturação da dívida com qualquer outro credor que receba melhor tratamento, o que seria o caso dos fundos especulativos, se a Argentina cumprir a decisão de Griesa.

A Argentina argumenta que um "stay" (medida cautelar para suspender a aplicação da decisão) até 2015 é a única saída para poder negociar com os fundos especulativos, evitando a cláusula Rufo dos contratos da renegociação.

No dia 26 de junho, a Argentina depositou pagamentos no valor de 539 milhões de dólares aos credores da dívida reestruturada, mas o juiz bloqueou o dinheiro depositado em Nova York, o que pode provocar uma moratória de parte da dívida emitida sob a legislação norte-americana.

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