O banco central japonês continuará a definir 1% como ponto de referência para o limite superior do rendimento dos títulos do governo japonês de 10 anos (KAZUHIRO NOGI/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 23 de janeiro de 2024 às 09h21.
O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manteve inalteradas as principais referências que balizam a política monetária no país, conforme decisão divulgada nesta terça-feira, 23. As taxas de juros de curto prazo foram mantidas em -0,1%, como era esperado pelo mercado.
O banco central japonês continuará a definir 1% como ponto de referência para o limite superior do rendimento dos títulos do governo japonês de 10 anos. No comunicado, o BoJ disse que espera atingir a meta de 2% para a inflação de forma "sustentável e estável, acompanhada pelo aumento de salários".
O presidente do BoJ, Kazuo Ueda, afirmou, no entanto, que ainda não está totalmente confiante de que o crescimento dos salários e dos preços possa ser sustentado em um nível saudável, após o Japão ter vivido décadas de preços estáveis ou em queda.
Com isso, a autoridade monetária pretende acompanhar de perto os resultados das negociações salariais anuais, previstas para março, para analisar se as companhias irão conceder aumentos maiores do que no ano passado.
O presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, disse nesta terça-feira que a instituição está chegando mais perto de atingir sua meta de inflação de 2% de forma sustentável, reforçando expectativas de aperto monetário mais adiante.
"A probabilidade de atingirmos nossa meta de inflação está aumentando gradualmente", disse Ueda, em coletiva de imprensa que se seguiu à decisão do BoJ de deixar sua política monetária inalterada.
Ueda afirmou que o BoJ irá considerar se deve descontinuar o relaxamento monetário, incluindo a taxa de juros negativa e o programa de compras de ETFs, quando tiver certeza de que cumpriu a meta. Ele acrescentou que as condições financeiras provavelmente continuarão bastante acomodatícias mesmo se o BoJ eliminar seu juro negativo