Economia

Banco Central está empenhado em trazer a inflação para baixo

O presidente do BC voltou a dizer que o objetivo é consolidar o processo de inflação menor


	Alexandre Tombini: presidente do BC disse que mercado câmbio é a primeira linha de defesa de movimentos na cena externa 
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Alexandre Tombini: presidente do BC disse que mercado câmbio é a primeira linha de defesa de movimentos na cena externa  (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 15h52.

Washington- O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta sexta-feira que a autoridade monetária está empenhada em trazer a inflação para baixo e voltou a defender que ela ficará neste ano abaixo do patamar visto em 2012.

"O nosso objetivo é trazer a inflação... para baixo, em direção à nossa meta de inflação", afirmou Tombini em rápida entrevista a jornalistas em Washington, onde participa do encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do G20.

O presidente do BC voltou a dizer que o objetivo é consolidar o processo de inflação menor. "Estamos empenhados em trazer a inflação para baixo e que esse processo se consolide", acrescentou ele.

Nesta semana, em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC voltou a elevar o juro básico em 0,5 ponto percentual, a 9,5 por cento ao ano, quarto movimento seguido com a mesma intensidade, indicando que deverá repeti-lo em novembro, o que faria a taxa Selic voltar a dois dígitos.

Questionado se o mercado estava correto em acreditar em mais uma elevação da Selic em 0,5 ponto percentual, Tombini respondeu: "Na próxima quinta-feira, o BC divulgará a ata do Copom e lá teremos mais elementos para fazer esse julgamento".

"As políticas macro têm operado bem, permitindo que o Brasil opere bem nesse momento que é de transicao da economia mundial", acrescentou.

Tombini disse ainda que o mercado câmbio é a primeira linha de defesa de movimentos na cena externa e voltou a afirmar que o BC atuará, caso seja necessário, para evitar volatilidade excessiva.

"O câmbio é a primeira linha de defesa quando há informações positivas ou adversas do cenário internacional. Mas o BC sempre atuará para que, uma vez que tenham ajustes na taxa de cambio, não ocorra volatilidade excessiva e (o mercado) funcione de maneira adquada", afirmou ele.

O BC tem em curso um programa de atuação diária no mercado cambial, por meio de leilões de swap tradicional (equivalente a uma venda de dólares no mercado futuro) e venda de dólares com compromisso de recompra, com potencial de 60 bilhões de dólares até o fim do ano.

Nas últimas semanas, o dólar tem rondado a casa de 2,20 reais. "O real recuperou um pouco o terreno... a volatilidade tem diminuido", afirmou Tombini.

CHAIR DO FED Tombini disse ainda que já vinha trabalhando, desde que assumiu o BC, com a nomeada como chair do Federal Reserve, Janet Yellen, que deve assumir o lugar de Ben Bernanke no início de janeiro.

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