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Banco Central espera queda de gastos com juros nominais

Em relação a tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), houve queda dos gastos para 5,71%, em janeiro ante 5,72%, em dezembro

Para Maciel, o resultado "sinaliza claramente o comprometimento do governo para o cumprimento da meta este ano" (Elza Fiúza/ABr)
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Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 15h04.

Brasília - Apesar de os gastos do setor público com juros nominais terem registrado recorde em janeiro (R$ 19,661 bilhões), a tendência é que haja um recuo, segundo a expectativa do Banco Central (BC).

Em 12 meses encerrados em janeiro, os gastos com juros chegaram a R$ 237,054 bilhões, o maior resultado da série histórica, iniciada em 2001. Em relação a tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), houve queda para 5,71%, em janeiro ante 5,72%, em dezembro. Na avaliação do chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, essa pequena redução de um mês para o outro no indicador em 12 meses já indica a tendência de queda nos juros nominais em relação ao PIB.

Segundo Maciel, apesar do resultado recorde, em reais, a expansão dos gastos com juros foi “bastante moderada”. Isso aconteceu como resultado da inflação menor. A dívida pública é corrigida por índices de inflação. Maciel explicou o resultado de janeiro como influência de ter havido um dia útil a mais nesse mês em 2012 em relação a 2011 e o crescimento do estoque da dívida.

Maciel também destacou que a perspectiva é que haja diminuição do resultado nominal em relação ao PIB, como resultado da influência da queda dos gastos com juros, da redução da taxa básica de juros e da inflação, além de crescimento da economia. Outros fatores são o aumento da arrecadação de tributos e a redução das despesas de governo. Maciel ressaltou que o aumento da arrecadação é resultado do crescimento da atividade econômica e geração de emprego. “É importante também olhar esse aumento de arrecadação pelos aspectos positivos que estão por trás”.

Em 12 meses encerrados em janeiro, o déficit nominal (receitas menos despesas, incluídos os gastos com juros) em relação ao PIB ficou em 2,41%, ante 2,61% de dezembro de 2011.

Os dados do BC também mostram que o superávit primário (receitas menos despesas, excluídos os juros da dívida) em 12 meses chegou a R$ 136,978 bilhões, o que corresponde a 3,3% do PIB. Somente em janeiro, o superávit primário ficou em 26,016 bilhões, o maior resultado para esse mês em toda a série histórica. Também foi o segundo melhor da série para qualquer período do ano, perdendo apenas para o de setembro de 2010, quando o resultado foi influenciado por operação de capitalização da Petrobras.

Em janeiro, o setor público atingiu cerca 19% da meta do superávit primário para o ano – R$ 139,8 bilhões. Para Maciel, o resultado "sinaliza claramente o comprometimento do governo para o cumprimento da meta este ano".

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Brasília - Apesar de os gastos do setor público com juros nominais terem registrado recorde em janeiro (R$ 19,661 bilhões), a tendência é que haja um recuo, segundo a expectativa do Banco Central (BC).

Em 12 meses encerrados em janeiro, os gastos com juros chegaram a R$ 237,054 bilhões, o maior resultado da série histórica, iniciada em 2001. Em relação a tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), houve queda para 5,71%, em janeiro ante 5,72%, em dezembro. Na avaliação do chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, essa pequena redução de um mês para o outro no indicador em 12 meses já indica a tendência de queda nos juros nominais em relação ao PIB.

Segundo Maciel, apesar do resultado recorde, em reais, a expansão dos gastos com juros foi “bastante moderada”. Isso aconteceu como resultado da inflação menor. A dívida pública é corrigida por índices de inflação. Maciel explicou o resultado de janeiro como influência de ter havido um dia útil a mais nesse mês em 2012 em relação a 2011 e o crescimento do estoque da dívida.

Maciel também destacou que a perspectiva é que haja diminuição do resultado nominal em relação ao PIB, como resultado da influência da queda dos gastos com juros, da redução da taxa básica de juros e da inflação, além de crescimento da economia. Outros fatores são o aumento da arrecadação de tributos e a redução das despesas de governo. Maciel ressaltou que o aumento da arrecadação é resultado do crescimento da atividade econômica e geração de emprego. “É importante também olhar esse aumento de arrecadação pelos aspectos positivos que estão por trás”.

Em 12 meses encerrados em janeiro, o déficit nominal (receitas menos despesas, incluídos os gastos com juros) em relação ao PIB ficou em 2,41%, ante 2,61% de dezembro de 2011.

Os dados do BC também mostram que o superávit primário (receitas menos despesas, excluídos os juros da dívida) em 12 meses chegou a R$ 136,978 bilhões, o que corresponde a 3,3% do PIB. Somente em janeiro, o superávit primário ficou em 26,016 bilhões, o maior resultado para esse mês em toda a série histórica. Também foi o segundo melhor da série para qualquer período do ano, perdendo apenas para o de setembro de 2010, quando o resultado foi influenciado por operação de capitalização da Petrobras.

Em janeiro, o setor público atingiu cerca 19% da meta do superávit primário para o ano – R$ 139,8 bilhões. Para Maciel, o resultado "sinaliza claramente o comprometimento do governo para o cumprimento da meta este ano".

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