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Balança tem superávit de US$ 50,995 bi em 2020, abaixo da mediana esperada

O valor representa uma alta de 6,2% em relação ao saldo da balança comercial de 2019

Balança comercial: as importações registraram queda de 9,7% em 2020, ocasionada pela demanda interna menor em um momento de economia em retração (StockSnap/Pixabay/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de janeiro de 2021 às 16h28.

Última atualização em 4 de janeiro de 2021 às 16h37.

Com a pandemia do coronavírus afetando as importações em maior escala do que as exportações, o Brasil registrou um saldo positivo de US$ 50,995 bilhões no comércio exterior em 2020. O valor representa uma alta de 6,2% em relação ao saldo da balança comercial de 2019. O resultado de 2020, contudo, ficou abaixo da mediana de US$ 51,2 bilhões nas projeções (US$ 47,2 bi a US$ 58 9 bi).

De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia nesta segunda, 4, o valor foi alcançado com exportações de US$ 209,921 bilhões, que superaram as importações, de US$ 158,926 bilhões. No geral, a pandemia levou a um recuo de 7,7% na corrente de comércio do Brasil com os demais países, incluindo vendas e compras do exterior.

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As importações registraram queda de 9,7% em 2020, ocasionada pela demanda interna menor em um momento de economia em retração. Houve recuo de 3,9% nas compras de produtos agropecuários e de 7,7% em produtos da indústria de transformação.

Já as exportações recuaram 6,1%, desempenho que não foi pior graças ao setor agropecuário, cujas vendas subiram 6,0% em 2020. Houve quedas de 2,7% nas vendas da indústria extrativa e de 11 3% em produtos da indústria de transformação.

Balança tem déficit de US$ 42 milhões em dezembro

A balança comercial brasileira registrou déficit comercial de US$ 42 milhões em dezembro. De acordo com dados divulgados há pouco pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 18,365 bilhões e importações de US$ 18,407 bilhões.

As importações registraram aumento de 39,9%, influenciadas pela nacionalização de cinco plataformas de petróleo no valor de US$ 4,7 bilhões. "Sem plataformas, haveria superávit comercial no mês de dezembro, como é sazonalmente", afirmou o subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior, Herlon Brandão.

Com isso, em dezembro, houve crescimento de 49,6% em produtos da indústria da transformação, mas queda de 9,3% em agropecuária e de 49,6% em indústria extrativa. Já as exportações recuaram 5,3% com recuo de 21,4% em agropecuária, queda de 8,8% em indústria extrativa e leve alta de 0,9% em produtos da indústria de transformação.

Na quinta semana de dezembro (de 28 a 31), a balança registrou superávit de US$ 974 milhões.

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