Repórter
Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 18h31.
Em novembro de 2025, o Brasil registrou um superávit de US$ 5,842 bilhões em sua balança comercial, resultado 13,4% inferior ao de novembro do ano anterior. O desempenho foi impulsionado principalmente pelo aumento nas exportações de soja e carne bovina.
No entanto, as exportações para os Estados Unidos tiveram uma queda de 28% em comparação com o mesmo mês de 2024, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior.
As exportações totais somaram US$ 28,5 bilhões, apresentando um crescimento de 2,4% em relação ao ano passado. O principal destaque foi a soja, cujas vendas aumentaram mais de 60%, seguida pela carne bovina e por produtos industriais como aeronaves e itens de aço. Esse desempenho positivo foi impulsionado especialmente pela China, que aumentou suas compras de produtos brasileiros em 41%, com destaque para soja, petróleo e proteínas animais.
Nas importações, o Brasil gastou US$ 22,6 bilhões, o que representou um aumento de 7,4% em relação a novembro de 2024. O crescimento foi impulsionado pela aquisição de combustíveis, máquinas e motores industriais, equipamentos de informática, medicamentos e outros insumos industriais, que foram responsáveis pela maior parte do aumento nas importações.
A relação comercial com os Estados Unidos apresentou um desempenho negativo. As exportações brasileiras para o país caíram 28%, o que equivale a uma perda de US$ 1 bilhão, principalmente pela menor demanda por petróleo bruto, café, suco de laranja, açúcar e madeira. No acumulado do ano, a retração já soma 6,7%.
Por outro lado, as importações brasileiras dos Estados Unidos cresceram 24,5%, impulsionadas por produtos de maior valor agregado, como combustíveis, máquinas industriais, computadores e medicamentos. Esse aumento contribuiu para o crescimento dos gastos do Brasil com a relação bilateral.
Apesar da queda nas exportações para os Estados Unidos, o Brasil conseguiu compensar esse efeito com o aumento nas vendas para a China e o bom desempenho do agronegócio, mantendo o saldo positivo da balança comercial. No acumulado de 2025, o superávit é de US$ 57,8 bilhões.