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Saldo da balança comercial de fevereiro é o 3º maior da série para o mês

Com exportações de US$ 16 bilhões e importações de US$ 13 bilhões, o superávit registrado foi de US$ 3 bilhões

Exportações: exportações somaram 16,355 bilhões de dólares no mês de fevereiro (Jorg Greuel/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 2 de março de 2020 às 15h21.

Última atualização em 3 de março de 2020 às 06h32.

Brasília — O Brasil teve superávit comercial de 3,096 bilhões de dólares em fevereiro, acima do esperado, com a venda de óleos brutos de petróleo, combustíveis de petróleo e minérios de cobre impulsionando as exportações no período.

O dado, divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Economia , ficou próximo do saldo positivo de 3,116 bilhões de dólares registrado no mesmo mês do ano passado e compensou parcialmente o fraco desempenho de janeiro, quando o país teve o primeiro déficit comercial para o mês em cinco anos.

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O superávit da balança comercial também veio melhor que projeção de 1,5 bilhão de dólares feita por economistas, segundo pesquisa Reuters com analistas.

Em fevereiro, as exportações subiram 15,5% na comparação com igual período do ano passado, pela média diária, a 16,355 bilhões de dólares. Já as importações gerais tiveram um aumento de 16,7% na mesma base de comparação, a 13,259 bilhões de dólares.

Os dados da balança comercial vieram positivos em fevereiro apesar dos temores de desaceleração do crescimento global por conta da disseminação do coronavírus, com efeitos marcantes sobre a China, que é a maior parceira comercial brasileira.

Em fevereiro, contudo, as exportações brasileiras para a China, Hong Kong e Macau saltaram 20,9% e, no bimestre, 5,5%.

De acordo com o Ministério da Economia, as vendas totais de óleos brutos de petróleo ficaram 703 milhões de dólares maiores que no mesmo mês de 2019, enquanto para óleos combustíveis de petróleo o acréscimo foi de 299 milhões de dólares.

As exportações de minérios de cobre, por sua vez, tiveram um incremento de 626 milhões de dólares ante fevereiro do ano passado.

No caso das importações, houve aumento em todas as categorias, com destaque para bens de capital, que cresceram 102,2% sobre um ano antes. As compras de combustíveis e lubrificantes aumentaram 32,2%, as de bens intermediários, 3,2%, e de bens de consumo, 2,2%.

No primeiro bimestre, o superávit da balança comercial foi de 1,361 bilhão de reais, queda de 69,8% sobre igual etapa do ano passado, com retração de 4,2% na ponta das exportações, pela média diária, enquanto as importações subiram 6,5%.

O Ministério da Economia ainda não divulgou suas projeções para 2020, mas já indicou que a perspectiva para o saldo das trocas comerciais é de piora em relação ao superávit de 48,036 bilhões de dólares de 2019.

O Banco Central prevê um superávit de 32 bilhões de dólares em 2020, estimativa que foi feita em dezembro e que ainda não considera fatores que podem afetar negativamente as exportações brasileiras, pressionando ainda mais o resultado da balança comercial.

No boletim Focus, a projeção mais recente de economistas é de um saldo positivo de 36,70 bilhões de dólares para as trocas comerciais neste ano.

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