Exame Logo

Baile de reuniões para salvar a Eurozona

Angela Merkel se encontrou com Mario Monti e elogiou os esforços italianos; Christine Lagarde conversou com Nicolas Sarkozy sobre a situação no continente

A chanceler alemã, Angela Merkel, se reuniu com o premiê italiano, Mario Monti (Odd Andersen/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 15h47.

Berlim - A série de reuniões de dirigentes para salvar a zona do euro mantém seu ritmo acentuado nesta quarta-feira, com um encontro entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em Paris, e uma mini reunião germano-italiana em Berlim.

A chanceler alemã, Angela Merkel, se reuniu com o presidente do conselho italiano, Mario Monti, que já visitou Paris na semana passada.

Merkel manifestou seu "grande respeito" pela "rapidez" com que a Itália tem adotado reformas para reduzir seu déficit, que no terceiro trimestre de 2011 se situou em 2,7% do PIB, seu nível mais baixo desde o final de 2008.

Antes do encontro em Berlim, no entanto, Monti fez críticas à conduta alemã e à União Europeia . "Apesar dos sacrifícios, a UE não demonstra nenhuma benevolência", disse ele ao jornal alemão Die Welt.

"Se os italianos não receberem resultados tangíveis no curto prazo para seus esforços e disposição em economizar e reformar, pode se chegar a um movimento de protesto contra a Europa, dirigido também a Alemanha - que é considerada como a geradora da intolerância no seio da UE - e contra o Banco Central Europeu", afirmou.

A revista alemã Der Spiegel descreve Monti como "um convidado ingrato" que formou uma frente comum com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, contra a chanceler alemã e sua obsessão pela austeridade.

Em Paris, a diretora-gerente do FMI se reuniu com o presidente francês para tratar da "situação econômica internacional" e em particular a da zona do euro, que continua imersa na crise da dívida.

Apesar de o teor oficial das reuniões não ter sido divulgado, a Grécia provavelmente segue sendo o centro das atenções. Bruxelas informou na terça-feira que as negociações entre Atenas e os bancos para que perdoem ao menos a metade da dívida grega em seus balanços estavam prestes a serem concluídas.

As novas entregas de ajuda financeira à Grécia, imprescindíveis para evitar a quebra, depende do resultado dessas negociações e da aplicação pelo governo grego das reformas exigidas pelos credores internacionais, os europeus e o FMI.

A chefe do FMI, que se reuniu na véspera com Merkel em Berlim, deve reunir-se com outros dirigentes europeus antes da reunião de 30 de janeiro para definir a maneira correta de controlar a crise da dívida, cuja propagação continua ameaçando a Itália.

Merkel e Sarkozy, que se reuniram na segunda-feira, disseram que a situação da Europa continua sendo "muito tensa".

Veja também

Berlim - A série de reuniões de dirigentes para salvar a zona do euro mantém seu ritmo acentuado nesta quarta-feira, com um encontro entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em Paris, e uma mini reunião germano-italiana em Berlim.

A chanceler alemã, Angela Merkel, se reuniu com o presidente do conselho italiano, Mario Monti, que já visitou Paris na semana passada.

Merkel manifestou seu "grande respeito" pela "rapidez" com que a Itália tem adotado reformas para reduzir seu déficit, que no terceiro trimestre de 2011 se situou em 2,7% do PIB, seu nível mais baixo desde o final de 2008.

Antes do encontro em Berlim, no entanto, Monti fez críticas à conduta alemã e à União Europeia . "Apesar dos sacrifícios, a UE não demonstra nenhuma benevolência", disse ele ao jornal alemão Die Welt.

"Se os italianos não receberem resultados tangíveis no curto prazo para seus esforços e disposição em economizar e reformar, pode se chegar a um movimento de protesto contra a Europa, dirigido também a Alemanha - que é considerada como a geradora da intolerância no seio da UE - e contra o Banco Central Europeu", afirmou.

A revista alemã Der Spiegel descreve Monti como "um convidado ingrato" que formou uma frente comum com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, contra a chanceler alemã e sua obsessão pela austeridade.

Em Paris, a diretora-gerente do FMI se reuniu com o presidente francês para tratar da "situação econômica internacional" e em particular a da zona do euro, que continua imersa na crise da dívida.

Apesar de o teor oficial das reuniões não ter sido divulgado, a Grécia provavelmente segue sendo o centro das atenções. Bruxelas informou na terça-feira que as negociações entre Atenas e os bancos para que perdoem ao menos a metade da dívida grega em seus balanços estavam prestes a serem concluídas.

As novas entregas de ajuda financeira à Grécia, imprescindíveis para evitar a quebra, depende do resultado dessas negociações e da aplicação pelo governo grego das reformas exigidas pelos credores internacionais, os europeus e o FMI.

A chefe do FMI, que se reuniu na véspera com Merkel em Berlim, deve reunir-se com outros dirigentes europeus antes da reunião de 30 de janeiro para definir a maneira correta de controlar a crise da dívida, cuja propagação continua ameaçando a Itália.

Merkel e Sarkozy, que se reuniram na segunda-feira, disseram que a situação da Europa continua sendo "muito tensa".

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasEuropaUnião Europeia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame