Economia

Azêvedo vê redução lenta do protecionismo no mundo

Segundo ele, é preciso observar que várias economias mundiais enfrentam momento de sensibilidade, como a europeia e a norte-americana

O novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo: Azevêdo lembrou que atualmente a busca é pela competitividade. (REUTERS/Ueslei Marcelino)

O novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo: Azevêdo lembrou que atualmente a busca é pela competitividade. (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2013 às 12h37.

Brasília - O novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, ressaltou hoje (22) que há uma tendência lenta de redução do protecionismo no mundo. Segundo ele, é preciso observar que várias economias mundiais enfrentam momento de sensibilidade, como a europeia e a norte-americana, que sofrem de maneira intensa os impactos da crise econômica internacional.

“Acredito que há uma tendência de reduzir o protecionismo, o que deve ser lento. Mas claro que as circunstâncias internacionais influenciam [o cenário]. As grandes economias vivem um momento de grande sensibilidade, mas eu acredito que a tendência é diminuir [o protecionismo]”, disse o embaixador que participa de uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores na Câmara.

Porém, o diplomata – que lida há 20 anos com questões referentes ao comércio internacional, representando o Brasil – explicou que à medida que as dificuldades internas aumentam também crescem as pressões em favor do protecionismo.

Azevêdo lembrou que atualmente a busca é pela competitividade. “O caminho é para obter a competitividade. Não acredito em modelos fechados, que olham para o mercado interno, não acredito que sejam modelos sustentáveis. [É preciso] buscar modelos para aumentar a competitividade”, ressaltou.

Ao ser perguntado sobre as influências que pode ter sobre as questões tratadas na OMC, uma vez que condena o protecionismo e defende a liberalização do comércio, o diplomata reiterou que ele não deve tomar partido nas discussões. “O fato de ser um brasileiro não significa que o Brasil será beneficiado ou prejudicado”, ressaltou Azevêdo, que toma posse como diretor-geral em 1º de setembro, substituindo o francês Pascal Lamy.

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