Economia

Auxílio à renda faz intenção de consumo subir 1,2% em julho, afirma CNC

Segundo a entidade, todos os indicadores da pesquisa apresentaram aumento na comparação anual

Destaque ficou por conta do indicador Renda Atual, que registrou alta de 2,4% contra junho (Gabriel Vergani / EyeEm/Getty Images)

Destaque ficou por conta do indicador Renda Atual, que registrou alta de 2,4% contra junho (Gabriel Vergani / EyeEm/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de agosto de 2022 às 12h45.

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,2% em julho, atingindo 80,7 pontos e superando mais uma vez os resultados do mesmo mês nos dois anos anteriores, durante o auge da pandemia de covid-19, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a entidade, todos os indicadores da pesquisa apresentaram aumento na comparação anual mas a maioria desacelerou em relação a junho.

O destaque ficou por conta do indicador Renda Atual, que registrou alta de 2,4% contra junho e de 23,5% na comparação com julho do ano passado. O índice foi impulsionado principalmente pelas famílias que ganham até dez salários mínimos, segundo o presidente da CNC, Roberto Tadros.

"Os crescimentos sucessivos do rendimento real das famílias, apoiados pelas medidas de auxílio à renda, levaram à melhoria dessa percepção", disse em nota o presidente da CNC.

O indicador Nível de Consumo Atual apresentou o segundo maior crescimento mensal, de 2,1%, um avanço mais significativo do que o 1,2% registrado no mês anterior. Já esse incremento, segundo a análise, foi puxado pelas famílias com ganhos acima de dez salários mínimos, que, devido ao fato de possuírem mais recursos para compras não essenciais, contaram com um avanço de 2,9%.

Por outro lado, o menor crescimento do mês ficou por conta do índice Perspectiva de Consumo, que avançou apenas 0,2% em relação a junho.

A economista da CNC responsável pela análise, Catarina Carneiro, estima que as famílias devem seguir mais cautelosas em suas compras nos próximos meses, principalmente a parcela com renda abaixo de dez salários mínimos, grupo que obteve a única queda mensal (0,1%) neste item.

"Mesmo com o consumo atual avançando, o ambiente econômico com preços e juros mais altos motivou um cenário de moderação", avalia Catarina Carneiro.

Segundo a CNC, os indicadores relacionados ao mercado de trabalho se destacaram positivamente em julho. O Emprego apresentou a maior pontuação do mês, 108,4, e a Perspectiva Profissional apareceu em seguida, em nível satisfatório, algo que não ocorria desde abril de 2020, registrando 100,3 pontos. Os números também indicaram que a maioria dos consumidores (45 3%) apresentou perspectiva positiva para o mercado de trabalho no próximo trimestre, fato também inédito desde abril de 2020.

Ainda segundo a pesquisa, a maior parte das oportunidades de emprego está sendo direcionada para os mais jovens, fornecendo novos rendimentos para esse grupo de consumidores. Com isso, a parcela de pessoas na faixa de idade abaixo dos 35 anos apresentou satisfação no indicador Renda Atual, levando-o a alcançar 102 pontos, enquanto o grupo acima dos 35 registrou 84 1 pontos.

Veja também: 

Bolsonaro diz que quer arrecadar menos e que preço dos combustíveis devem cair

Produção industrial cai 0,4% em junho ante maio, revela IBGE

Acompanhe tudo sobre:Dinheirorenda-pessoal

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor