Economia

Austeridade na Eurozona afeta investimentos em países pobres

A OCDE registrou, pelo segundo ano consecutivo, redução nos percentuais de investimento dos países-membros em ações para o desenvolvimento das nações pobres


	Espanha: os percentuais mais expressivos foram registrados justamente nos países mais atingidos pela crise na Europa, como Espanha (49,7%), Itália (34,7%) e Grécia (17%)
 (AFP/ Philippe Huguen)

Espanha: os percentuais mais expressivos foram registrados justamente nos países mais atingidos pela crise na Europa, como Espanha (49,7%), Itália (34,7%) e Grécia (17%) (AFP/ Philippe Huguen)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2013 às 11h35.

Brasília – A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) registrou, pelo segundo ano consecutivo, redução nos percentuais de investimento dos países-membros em ações para o desenvolvimento de países mais atrasados. Para os especialistas da organização, a redução se deu pelas medidas de austeridade adotadas por vários países-membros, principalmente da zona do euro.

Dos países analisados, 15 apresentaram redução no volume de investimentos. Os percentuais mais expressivos foram registrados justamente nos países mais atingidos pela crise na Europa: Espanha (49,7%), Itália (34,7%), Grécia (17%) e Portugal (13,1%).

"É preocupante que as dificuldades orçamentais nos nossos países-membros tenham levado a uma segunda quebra consecutiva da ajuda total, mas é reconfortante que, apesar da crise, nove países tenham conseguido aumentar a ajuda", disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria.

Em 2012, os Estados-membros da OCDE forneceram US$ 125,7 bilhões em ajuda ao desenvolvimento. Os maiores doadores, em volume, foram Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França e Japão. Já o país que mais aumentou o percentual de ajuda para o desenvolvimento foi a Turquia, pelo apoio aos refugiados sírios e aos países do Norte de África

A organização afirmou que a ajuda para projetos e programas bilaterais essenciais, que excluem ajuda humanitária e medidas de apoio à dívida, subiu 2% no ano passado. "O estudo indica uma alteração da ajuda, dirigida para países de rendimento médio no Extremo Oriente, na Ásia do Sul e Central, sobretudo, China, Índia, Indonésia, Paquistão, Sri Lanka, Uzbequistão e Vietnã, e provavelmente este aumento será na forma de empréstimos bonificados", disse.

A OCDE previu também uma estagnação da ajuda para os países mais atrasados e com níveis de pobreza mais elevados, como Burundi, Chade, Madagascar, Malaui e Níger. Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

Acompanhe tudo sobre:Países emergentesPobrezaCrises em empresasOCDEZona do Euro

Mais de Economia

Por que as fusões entre empresas são difíceis no setor aéreo? CEO responde

Petrobras inicia entregas de SAF com produção inédita no Brasil

Qual poltrona do avião dá mais lucro para a companhia aérea?

Balança comercial tem superávit de US$ 5,8 bi em novembro