Economia

Previsão de receita para ano é conservadora, diz Augustin

"Reitero que previsão de receita é conservadora; em qualquer cenário tem facilidade maior de cumprimento de meta (fiscal)", disse o secretário do Tesouro


	Augustin: ele disse que economia mundial "sempre é elemento importante e influencia o país"
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Augustin: ele disse que economia mundial "sempre é elemento importante e influencia o país" (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2014 às 16h28.

Brasília - O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, defendeu nesta quinta-feira, 29, que o governo conseguirá atingir sua meta fiscal e argumentou que a previsão de receitas é conservadora.

Ao ser questionado sobre previsões do mercado de que a economia brasileira poderia crescer menos, Augustin disse: "Faz parte da rotina dos economistas fazer avaliações".

"Reitero que previsão de receita é conservadora; em qualquer cenário tem facilidade maior de cumprimento de meta (fiscal)", disse.

Sobre possível crescimento menor de outras economias, Augustin disse que a economia mundial "sempre é elemento importante e influencia o país".

"O fato de que haja crescimento menor do que se estimasse em alguns países sempre é algo que precisa ser olhado com cuidado. Mas essa não é minha função no Ministério da Fazenda", concluiu.

O secretário disse também que o governo não irá alterar a programação de gastos com o setor elétrico.

"O período em que essas contas estiveram em avaliação já passou. Fizemos um desenho bom para o país. Ele (o modelo) está em operação e não vamos alterar o valor fiscal previsto para o setor elétrico", afirmou.

O governo previu no Orçamento uma despesa de R$ 13 bilhões em 2014 com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

BNDES

Segundo Augustin, não há data para o repasse ao BNDES, mas ele garantiu que não ocorrerá ainda no mês de maio.

O Senado aprovou ontem a Medida Provisória 633, que permite um aporte de até R$ 30 bilhões do Tesouro Nacional no banco de fomento em 2014.

A MP ainda precisa ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff para que o Tesouro Nacional possa emitir títulos para captar os recursos que irão reforçar o caixa do BNDES.

Augustin argumentou que não houve alteração ao que aconteceu em outros anos em relação a repasses ao BNDES.

"Definimos valor e vamos executando. Aos poucos poderemos diminuir o volume desse tipo de repasse e fazer com que crescimento das despesas de investimento tenham fonte que não recursos do BNDES", disse.

Emissões

O secretário afirmou ainda que está em estudo a emissão em dólar em prazos maiores.

"É uma das alternativas que estamos considerando", disse.

"Enxergamos o mercado internacional em tendência de melhora e fundamentos do Brasil também. Isso significa condições para emissões que estamos avaliando", afirmou.

Questionado sobre possíveis impactos da Copa do Mundo, Augustin reforçou: "não definimos emissão. Ela pode ser feita no período da Copa ou não, não é a Copa que define."

Acompanhe tudo sobre:Arno AugustinEconomistasGovernoOrçamento federalTesouro Nacional

Mais de Economia

G20 se compromete a 'cooperar' para taxar grandes fortunas

Olimpíada de 2024 pode movimentar até 11 bilhões de euros, diz estudo

Aneel aciona bandeira verde e conta de luz deixará de ter cobrança extra em agosto

Governo prevê espaço extra de R$ 54,9 bi para gastos em 2025

Mais na Exame