Alimentos: preços agrícolas devem continuar limitando alta do IGP-M no mês, diz economista (REUTERS/Vasily Fedosenko)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2014 às 15h38.
São Paulo - A desaceleração da primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de maio indica alívio nas taxas ao longo do mês, na avaliação do economista Étore Sanchez, da LCA Consultores.
Segundo ele, o arrefecimento no indicador em relação à primeira leitura de abril, para 0,06% ante 0,72%, foi puxado especialmente pelo alívio nos preços no atacado, principalmente pela surpresa com a queda registrada em minério de ferro.
"O produto está caindo bastante, o que acabou enviesando o IPA Industrial, mas o alívio nos preços agropecuários também ajudou", disse ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, ao referir-se à deflação de 6,27% em minério de ferro no âmbito do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) Industrial, que cedeu 0,42%, após elevação de 0,50% no primeiro decêndio de abril.
Na avaliação de Sanchez, os dados apontam para taxas ao redor de 0,30% dos índices gerais de preços (IGPs) fechados de maio, inclusive do IGP-M.
"Nitidamente houve desaceleração (IGP-M). Pode ser que esse movimento permeie por algum tempo, pelo menos ao longo de maio", disse.
Para o economista, além da expectativa de alívio no IPA Industrial, os preços agrícolas também devem continuar limitando a alta do IGP-M no decorrer do mês.
"Principalmente a parte dos alimentos in natura", estimou. Na pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 9, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o IPA Agropecuário atingiu 0,09% em relação a 1,61% anteriormente.
O IPA cheio, por sua vez, ficou com deflação de 0,28%, depois de elevação de 0,80%.
A taxa de 0,06% da primeira prévia do IGP-M de maio veio abaixo do piso das expectativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que era de alta de 0,07%. O teto indicava inflação de 0,49%, com mediana de 0,29%.