Banco Central deve encerrar aperto monetário na próxima reuinão do Copom, diz economista (.)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2010 às 12h41.
Brasília - A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) veio dentro das expectativas gerais, avalia o economista José Márcio Camargo, da Opus. Mas, segundo o professor, houve uma "pequena surpresa", pois o documento deu menos importância à redução do crescimento do G3 (Estados Unidos, União Europeia e Japão) do que o esperado.
A ata apontou que a trajetória do crescimento da economia caminha para o equilíbrio no longo prazo, e segundo Camargo, a redução do aumento de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros nas duas reuniões anteriores para 0,5 p.p. na última reunião veio condizente com a situação atual da economia brasileira. "Os próximos passos do BC vão depender muito dos dados, principalmente do nível da atividade industrial", afirmou o economista.
Para a próxima reunião do Copom (que está marcada para os dias 31 de agosto e 1º de setembro), Camargo aposta em uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros. "Deve ser o último aumento no ano, porque a economia tem dado sinais de estabilidade."
A expectativa da Opus para 2011 é que a taxa de inflação fique em 4,7% - bem próxima ao centro da meta, que é de 4,5%. "Nossa avaliação é que a Selic feche 2010 por volta dos 11% e que a economia cresça 7,2%", disse Camargo. Para o ano que vem, o economista espera um crescimento próximo de 4,5%, que, segundo ele, "é sustentável e não deve gerar pressões inflacionárias."