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As notícias de economia mais importantes da semana – 05/07

IPCA e balança comercial são destaque no Brasil

Preços têm nova alta em junho (Nacho Doce / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2013 às 17h08.

São Paulo – Semana agitada na economia brasileira , que contou com divulgação da inflação de junho e da balança comercial do primeiro semestre. No cenário internacional, destaque para dados de emprego nos Estados Unidos e na Europa.

Confira as principais notícias econômicas da primeira semana de julho.

Preços nas alturas

O IPCA subiu mais um pouco em junho. Menos que em maio, mas o suficiente para passar o teto da meta no acumulado de 12 meses.

O mês passado rendeu uma inflação de 0,26%, abaixo dos 0,37% de maio. Com o resultado anunciado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o IPCA acumula 6,7% em 12 meses, quando o teto da meta é de 6,50%.

Déficit semestral histórico

A balança comercial brasileira registrou no primeiro semestre do ano um saldo negativo de 3 bilhões de dólares, o pior para este período em quase 20 anos. Nos seis primeiros meses de 2013, houve um intenso crescimento das impostações.

No período, as importações somaram a cifra recorde de 117,516 bilhões de dólares, e as exportações somaram 114,516 bilhões de dólares.

Bons sinais dos EUA...

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Os Estados Unidos tiveram uma criação de 195 mil vagas de emprego em junho, mostrou nesta sexta-feira o Departamento do Trabalho do país. O número de maio, que era de 175 mil vagas criadas, foi revisado para cima, para 195 mil vagas.

Os dados indicam uma recuperação econômica nos Estados Unidos.

... mas nem tão bons na Europa

O desemprego na Eurozona aumentou 0,1% em maio e atingiu a marca recorde de 12,1%, depois de três meses de estabilidade a 12%, segundo dados revisados publicados pela agência de estatísticas Eurostat. Os dados são dramáticos entre os jovens: 60.000 perderam o emprego em um mês.


Com taxa de 26,9%, a Espanha é o país com maior índice de desemprego, seguido pela Grécia (26,8% em março).

IPI, o retorno

Na segunda-feira, dia 1º de julho, móveis e três produtos da linha branca (fogão, tanquinho e geladeira) começaram a ter uma maior alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Além desses produtos, o governo elevará o imposto para laminados, luminárias, painéis de madeira e papéis de parede. As novas alíquotas valerão até o fim de setembro.

O objetivo do governo é retirar gradualmente o IPI desses produtos e manter o equilíbrio fiscal. Com a alteração, a receita advinda desse setor deve aumentar em R$ 118 milhões entre julho e setembro.

S&P dá bronca em Portugal

Assim como já tinha feito com a nota do Brasil, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a perspectiva do rating de Portugal. O rating BB tinha perspectiva estável e agora passou para negativa, indicando uma maior chance de rebaixamento na próxima revisão.

O país já estava com a economia fragilizada e agora passa por uma crise na política, que inclui até demissões de ministros.

Governo cortará (só um pouco) os gastos

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o corte de despesas que será anunciado na semana que vem deve ficar abaixo dos 15 bilhões de reais. O corte será concentrado especialmente em custeios, não em investimento e serviços sociais, disse o ministro em entrevista à TV Globo, veiculada no jornal Bom Dia Brasil.

Segundo Mantega, "o importante é cumprir a meta" de superávit primário de 2,3% do PIB”, missão bem difícil aos olhos de alguns analistas.

Dinheiro no bolso

O salário mínimo precisaria ser 4,22 vezes maior que o atual para o trabalhador conseguir arcar com necessidades básicas. A conclusão é do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que divulgou nesta semana sua pesquisa sobre salário mínimo necessário.

O estudo é mensal e apontou em junho um valor de 2.860,21 reais, menor do que o valor registrado em maio, de 2.873,56 reais.

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