Arthur Lira sinaliza que Orçamento será resolvido 'sem rupturas'
O presidente da Câmara dos Deputados afirmou que não haverá ruptura do teto de gastos na sanção do texto pelo presidente Jair Bolsonaro
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de abril de 2021 às 18h33.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), passou uma visão otimista a um grupo reservado de clientes do BTG Pactual nesta sexta-feira, 16, sinalizando que o impasse sobre o Orçamento de 2021 será resolvido "sem rupturas". Com o ex-secretário do Tesouro e economista-chefe do banco, Mansueto Almeida, como anfitrião, a reunião contou com alguns poucos empresários e, principalmente, gestores e investidores de mercado em um formato petit comité por conta da covid-19, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
"Ele passou confiança de que se chega a um acordo sobre o Orçamento, que é a questão que mais preocupa o mercado neste momento", disse um participante, na condição de anonimato.
Mas Lira não cravou se o presidente da República, Jair Bolsonaro, vai sancionar o texto sem vetos, disse esse executivo, embora tenha declarado aos participantes que não haverá ruptura do teto de gastos.
"Ele foi bastante positivo", disse o interlocutor, ressaltando que Lira falou que espera agilizar as reformas.
Reforçando o coro que tem feito nos encontros com empresários e banqueiros às reformas, Lira mencionou ainda o posterior encaminhamento da reforma administrativa e ainda o início das discussões sobre a privatização da Eletrobrás.
O presidente da Câmara demonstrou preocupação no evento com a disparada do dólar, que tem ocorrido justamente por causa do problema fiscal do Brasil. O real foi uma das piores moedas do mundo em 2020 e segue neste ano com desempenho bem abaixo de outros países emergentes ante o dólar.
O encontro com Lira aconteceu na sede do BTG, na Faria Lima, em São Paulo. Por causa da pandemia, o evento teve lugares limitados e muitos não conseguiram participar.
Entre os participantes, havia mais pessoal de mercado financeiro como gestores e executivos de bancos, mas também alguns empresários. Mas uma economista conta que os relatos que ouviu do presidente de sua gestora ajudaram a dar algum alento sobre a questão do orçamento e das reformas.