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Arrecadação foi recorde em agosto com reforço do Refis

Arrecadação federal somou R$ 94,3 bilhões no mês passado, maior valor para agosto

Dinheiro: resultado de agosto mostrou alta real de 5,54% na comparação com o ano passado (Marcos Santos/USP Imagens)
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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 17h05.

Brasília - Inflada pelo ingresso de recursos do programa de refinanciamento de dívidas tributárias, de 7,13 bilhões de reais, a arrecadação federal somou 94,378 bilhões de reais no mês passado, maior valor para agosto.

Comparado com agosto de 2013, o resultado mostrou alta real de 5,54 por cento, informou a Receita Federal nesta terça-feira, e ficou um pouco abaixo das expectativas de analistas consultados pela Reuters, de arrecadação de 97 bilhões de reais no mês passado.

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O recolhimento gerado pelo Refis ficou abaixo dos 13 bilhões de reais que a Receita projetava levantar somente em agosto com o programa. Para o ano, a estimativa é de recolhimento entre 18 bilhões e 20 bilhões de reais.

O uso de receitas extraordinárias é um dos mecanismos que tem sido usado pelo governo para tentar melhorar as contas públicas do país, afetadas pelo baixo crescimento econômico, despesas elevadas e desonerações tributárias.

Esse cenário tem colocado em xeque o cumprimento da meta de superávit primário do setor público consolidado neste ano, de 99 bilhões de reais, ou 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

A economia feita para pagamento dos juros da dívida somava 54,4 bilhões de reais no ano até julho, segundo dados mais recentes.

Na véspera, o governo lançou mão de mais manobras fiscais, como o saque de 3,5 bilhões de reais do Fundo Soberano do Brasil (FSB) e o corte de 4 bilhões das transferências do Tesouro para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), passando a prever o repasse de 9 bilhões de reais neste ano.

A Receita Federal informou ainda que a arrecadação via Imposto de Renda registrou crescimento real de 13,73 por cento em agosto sobre um ano antes, enquanto que a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) teve expansão de 25,83 por cento no mesmo período.

Em contraposição, vários outros tributos mostraram retração na mesma base de comparação: Imposto sobre Importação (-21,05 por cento), Cofins (-5,96 por cento) e PIS/Pasep (-5,38 por cento).

No acumulado de 2014 até agosto, a arrecadação federal somou 771,788 bilhões de reais, com alta real de 0,64 por cento na comparação com igual período de 2013.

Nos oito primeiros meses do ano, a renúncia tributária por desonerações foi de 67,199 bilhões de reais, contra 49,100 bilhões de reais.

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